Um jovem paquistanês, de 18 anos, confessou ter cometido o ataque junto às antigas instalações do jornal satírico francês "Charlie Hebdo", localizado na rua Nicolas Appert, e que fez dois feridos graves: dois jornalistas, um homem e uma mulher, da produtora de documentários PLTV, que não correm perigo de vida.
Segundo as autoridades francesas, o jovem, que foi detido na Praça da Bastilha, e que já tinha cadastro por pequenos delitos e posse ilegal de arma, "assumiu a responsabilidade pelo seu ato, colocando-o no contexto da republicação de caricaturas, algo que não conseguia suportar." A revista reeditou as caricaturas do profeta islâmico Maomé, o que fez com que tivesse recebido, há duas semanas, ameaças da Al-Qaeda.
Além do principal suspeito, foram também detidas já outras seis pessoas por possíveis ligações ao ataque. Foi já iniciada uma investigação, a cargo da Procuradoria Antiterrorismo de França, que abriu um inquérito por “tentativa de homicídio relacionado com ato terrorista e organização terrorista criminosa”, cita o jornal "Público".
Em janeiro de 2015, um ataque levado a cabo por dois extremistas islâmicos à sede do Charlie Ebdo — que, depois disso, mudou de instalações, não revelando a morada — tirou a vida a 12 pessoas. O julgamento aos suspeitos desse atentado está neste momento a decorrer.
Este é um dos motivos que leva à abertura do inquérito que fala em "ato terrorista e organização terrorista criminosa". Além do momento em causa, os outros dois fatores têm que ver com o local do novo ataque e a "vontade manifesta do autor de tentar contra a vida de duas pessoas."