Se acha que os preços dos iPhones já estão no limite, prepare-se: o mundo está a assistir a um novo capítulo da guerra comercial entre os EUA e a China e isso pode significar carteiras mais leves. A Apple, que já tem grande parte da sua produção sediada em território chinês, viu-se obrigada a agir à pressa quando a administração de Donald Trump anunciou uma nova ronda de tarifas sobre produtos importados da China.

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A partir de 5 de abril, os EUA começaram a aplicar tarifas adicionais de 10% a vários produtos eletrónicos — entre eles, claro, os iPhones. Para evitar que esses custos se refletissem diretamente nas prateleiras e, consequentemente, nos consumidores, a Apple organizou uma verdadeira operação relâmpago, em apenas três dias, enviando cinco aviões repletos de iPhones e de outros gadgets, vindos da China e da Índia, para os Estados Unidos, de acordo com o "The Times of India", que acrescenta que o objetivo foi o de garantir stock suficiente para escapar às tarifas (pelo menos por enquanto).

Esta manobra logística também mostra como a Índia está a tornar-se cada vez mais importante para a Apple. Nos últimos meses, o número de iPhones fabricados no país disparou, com as exportações a atingirem quase 6 mil milhões de dólares no segundo semestre de 2024, um aumento de mais de 30% face ao mesmo período do ano anterior.

Ao mesmo tempo que procura aliviar a sua dependência da China, a Apple está a reforçar a sua presença na Índia, tanto na montagem final dos produtos como na produção de componentes. A ideia é clara: diversificar a cadeia de abastecimento e preparar-se para um futuro onde depender de um só país pode sair ainda mais caro.

Apesar da operação, a Apple ainda não anunciou aumentos de preços nos Estados Unidos nem em outros mercados como a Índia ou Europa. Mas caso as tarifas se mantenham ou aumentem, será inevitável refletir esse custo no preço final. Ou seja, os iPhones mais caros podem estar mesmo ao virar da esquina.