Aconteceu na Flórida, nos EUA. Um casal americano sabia que, por detrás da parede da casa de banho da habitação em que viviam, estava uma colmeia, mas nunca demonstraram grande preocupação. Isso mudou quando o constante zumbido das abelhas começou a tornar-se intolerável e vários dos insetos começaram a sair pela parede, picando membros da família quando estes estavam a usar a casa de banho.
Foi a partir desse momento que decidiram, em meados de outubro, contactar Elisha Bixler, apicultora e especialista no processo de relocalização de colmeias. Confrontada com os relatos de zumbidos e picadas ocasionais, Bixler procedeu a partir todos os azulejos e o que encontrou foi uma colmeia gigante.
"À medida que partia os azulejos, percebi que a colmeia ia do chão ao teto. Acabei por remover todos os azulejos e o que sobrou foi uma colmeia gigante com mais de dois metros", recorda a especialista, tal como escreve o jornal "The New York Times".
A remoção da colmeia implicou a presença de mel em toda a divisão. "Havia mel em todo o lado: nas paredes, no chão, nos meus sapatos, na maçaneta da porta", recorda.
No total, todo o processo terá demorado mais de cinco horas e terá tido o custo de cerca de 800 dólares (o equivalente a 706 euros). Os trabalhos de relocalização não foram cobertos pelo seguro do casal, escreve o mesmo jornal.
Apesar da experiência em relocalizar colmeias, as 80 mil abelhas que encontrou obrigaram-na a reforçar o equipamento de proteção depois de ter sido picada por diversas vezes durante o processo.
À medida que foi retirando a colmeia, encontrou a abelha rainha que, segundo conta, "tinha um abdómen duas vezes maior do tamanho do abdómen de qualquer abelha". A rainha foi posta numa caixa, fazendo com que todas as restantes abelhas lhe seguissem o rasto e se afastassem da colmeia.
Sobre como terá sido possível formar-se uma colmeia por detrás da parede daquela casa, o que se sabe é que poderá ter sido um erro por parte dos proprietários que, quando, há vários anos, decidiram renovar o telhado, terão deixado um pequeno buraco por onde as abelhas terão entrado.
Apesar disso, nunca, em momento algum, a família — composta por um casal e duas crianças — se demonstrou amedrontada, até porque gostam de abelhas. Prova disso é o facto de terem pedido a relocalização da colmeia, e não a sua exterminação.
"Adoramos a natureza e as abelhas. A nossa postura sempre foi: 'Se não nos incomodarem, nós também não vos incomodamos.' Eram abelhas simpáticas, por isso, assumimos: 'Claro que sim, vivam por detrás do nosso chuveiro'", conta Dan Graham, o marido, à mesma publicação.