Após o assalto ao Museu do Louvre, que aconteceu este domingo, 19 de outubro, do qual resultou o roubo de oito artigos de valor "incalculável" provenientes da coleção das jóias da coroa francesa, o governo francês iniciou investigações. Acredita-se que se trataram de quatro ladrões – dois disfarçados de trabalhadores do museu que usaram serras elétricas e elevadores de carga para entrar na galeria, e dois em scooters, segundo o jornal francês "Le Parisien".
As jóias exatas roubadas pelos assaltantes foram a tiara da imperatriz Eugénia, mulher de Napoleão III, que conta com 212 pérolas, 1998 diamantes e 992 diamantes lapidados em rosa e o broche decorativo em formato de laço da imperatriz Eugénia, que contém 2438 diamantes e 196 diamantes lapidados em rosa, uma tiara com 24 safiras Ceylon e 1083 diamantes e um colar com oito safiras rodeadas por diamantes, que faziam parte de um conjunto de joalharia utilizado por diversos membros da realeza francesa.
Como se isto não bastasse, foram também levadas as três peças do conjunto de casamento verde-esmeralda de Napoleão I com a imperatriz Maria Luísa, que inclui um colar com 32 esmeraldas e 1138 diamantes e uns brincos de esmeraldas e outros de diamante a combinar. "Além do seu valor comercial, estes itens têm um valor patrimonial e histórico inestimável", afirmou o Louvre num comunicado obtido pela "People".
Um dos artigos mais luxuosos da coleção, a Coroa da imperatriz Eugénia, chegou mesmo a “escapar” ao assalto, no momento em que os assaltantes foram interrompidos pelos guardas e deixaram cair a peça para conseguir fugir, e foi recuperado. Esta contém oito águias de ouro, 1354 diamantes, 1136 diamantes lapidados em rosa e 56 esmeraldas.
Embora o assalto ao Louvre tenha sido um dos mais “descarados” da história recente, as coleções de jóias reais são alvos frequentes para ladrões. Em 2023, o Green Vault (Cofre Verde, em português) do Palácio Real de Dresden, na Alemanha, foi assaltado e cinco homens foram condenados por um roubo de jóias avaliado em 123 milhões de dólares. Uns anos antes, quatro pessoas foram detidas na Inglaterra por estarem associadas ao roubo da Tiara de Portland e de um broche de diamante, utilizados por Winifred Anna Dallas-Yorke, Duquesa de Portland.