Os concorrentes do reality show "Big Brother" na Alemanha, no Canadá e Brasil só agora ficaram a saber que há uma pandemia mundial, que deixou ruas desertas, pessoas fechadas em casa, serviços encerrados e milhares de pessoas infectadas e sem vida.
Na edição alemã do "Big Brother", 14 concorrentes estão divididos em quatro casas adjacentes, onde devem permanecer 100 dias, desde 10 de fevereiro, altura em que a maioria das casos da COVID-19 estavam ainda na China.
Foi Jochen Schropp, apresentador do programa, que deu a notícia aos concorrentes, explicando-lhes que "uma doença chamada COVID-19 se espalhou por todo o mundo", tendo "chegado à Europa". De seguida, os concorrentes viram imagens recentes, incluindo as ruas desertas de Itália e da Alemanha. O choque foi grande e refletiu-se no silêncio e lágrimas que se seguiram. Uma das concorrentes, Michele, 26 anos, é enfermeira e mostrou-se logo preocupada com os seus pacientes.
Os concorrentes tiveram a oportunidade de ver vídeos gravados pelos familiares e amigos próximos, sendo que a produção lhes prometeu que seriam de imediato informados, caso alguém das suas famílias fosse infetado pelo COVID-19.
No Brasil, os concorrentes foram informados a 16 de março pelo apresentador Tiago Leifert acompanhado por um médico infecciologista, sobre aquilo que está a acontecer no mundo. No Canadá, os concorrentes souberam do que aconteceu porque notaram a ausência do público de uma gala de eliminação.
Em Portugal, uma temporada do Big Brother estava com estreia agendada para 23 de março na TVI. Mas, dadas as circunstâncias, foi adiada por tempo indeterminado.