A Organização Mundial da Saúde (OMS) voltou a repetir que os jovens precisam de ter a consciência de que "não são invencíveis", podendo ser contagiados e morrer ou infetar outras pessoas e matar. O aviso, que já tinha sido feito em março numa altura em que o novo coronavírus já estava ativo em vários países da Europa, tem como objetivo convencer os jovens "deste risco" — e esse tem sido "o desafio".
"Os jovens não são invencíveis. Estão também em risco e o desafio é convencê-los destes risco", afirmou esta quinta-feira, 30 de julho, Tedros Adhanom Ghebreyesus, diretor-geral da OMS, através de uma videoconferência de imprensa, escreve a Agência Lusa citada pelo jornal "Expresso". A conferência para vários jornalistas acontece numa altura em que vários países estão a registar um aumento significativo de casos de infeção em jovens.
Tedros Adhanom Ghebreyesus considera que todas as pessoas "têm o papel de reduzir a exposição ao vírus" através da adoção de uma conduta responsável e evitando comportamentos desnecessários.
Mas defende que são os jovens quem devem "liderar a mudança" de comportamento face ao surto da COVID-19 em vez de desvalorizarem o efeito da doença. E isso passa por evitar locais onde o ajuntamento de pessoas seja propício, adotar as práticas de distanciamento físico e social, usar máscara e higienizar as mãos de forma regular e constante.
Hans Kluge, diretor-regional da OMS na Europa, pediu um comportamento responsável aos jovens que podem estar na origem do aumento do número de casos de contágio em vários países europeus. Mas também reforça que cabe às autoridades de saúde reforçarem as suas estratégias de comunicação para que todas as mensagens sobre os efeitos da pandemia sejam capazes de chegar, com maior eficácia, aos jovens.