A Moderna, uma das maiores empresas de biotecnologia americanas, está na liderança da corrida ao desenvolvimento de uma vacina que seja eficiente contra o novo coronavírus. E sabe-se agora que a empresa estará a planear comercializar a vacina num intervalo de valores entre os 42 e os 51 euros, avança o "Financial Times" que cita fontes próximas, ainda que anónimas, do processo de desenvolvimento.
Se estes planos vierem a ser confirmados, significa que a vacina da Moderna poderá tornar-se na mais cara do mercado, custando pelo menos mais dez euros do que as das concorrentes diretas.
Segundo a mesma fonte, a empresa já estará em negociações com os governos de vários países e já terá até proposto esse intervalo de valores para duas doses da vacina.
O plano, portanto, vai passar pela distribuição de uma vacina prioritária para os Estados Unidos e para outros países economicamente mais fortes. A vacina da Moderna, apoiada pelos Estados Unidos com um investimento de cerca de mil milhões de dólares, foi a primeira vacina desenvolvida por empresas americanas a ser capaz de chegar à fase dos ensaios clínicos.
Foi isso mesmo, aliás, que conduziu a um aumento de cerca de 325% das ações da empresa em bolsa em 2020. Apesar de tudo, ainda não se sabe exatamente quando poderá chegar ao mercado e que países, além dos Estados Unidos, é que a vão receber primeiro.