“Mulher, Vida, Liberdade”, disse a eurodeputada sueca, Al-Sahlani, em curdo e repetindo as palavras em inglês num discurso perante o Parlamento Europeu. O protesto ocorreu esta terça-feira, 4 de outubro, num discurso em Estrasburgo, em solidariedade com as mulheres iranianas, após a morte de Mahsa Amini, uma jovem curda de 22 anos que morreu depois de ter sido detida pela polícia por usar de forma incorreta o lenço (Hijab, véu islâmico), na capital iraniana, Teerão.

"Até que o Irão esteja livre, a nossa fúria será maior do que a dos opressores. Até que as mulheres do Irão estejam livres, vamos ficar com vocês", acrescentou a eurodeputada que nasceu no Iraque.

No discurso, a iraniana aproveitou o momento para dirigir-se a Josep Borrell, chefe da diplomacia europeia. "É tempo de gritar em voz alta, é tempo de agir”, disse. Celebridades francesas como Juliette Binoche, Isabelle Huppert e Marion Cotillard também se revoltaram contra a morte da jovem curda e filmaram-se a cortar uma mecha de cabelo nas redes sociais.

A solidariedade também chegou a Portugal com Fernanda Serrano a partilhar um vídeo na rede social Instagram, onde corta uma mecha do cabelo. "Liberdade para todas… vergonha de comportamentos totalmente inaceitáveis da raça humana!", escreve na descrição do vídeo, numa publicação feita na quarta-feira, 5 de outubro.

Mahsa Amini era uma jovem de 22 anos curda que foi morta no dia 16 de setembro, depois de ter sido presa pela Polícia da Moralidade. A jovem foi detida na capital Iraniana, Teerão depois de ter sido vista a usar o Hijab "indevidamente" enquanto passeava com o irmão.

Mulheres iranianas cortam o cabelo e queimam os hijab como forma de protesto
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