A diretora de uma escola privada para meninos do berçário até ao pré-escolar está a ser investigada por maus tratos, lesão corporal e tortura depois de ter sido apanhada em vídeo a bater numa criança de dois anos. O caso deu-se durante a hora do lanche, e o menino, a chorar, mostra-se várias vezes aflito depois de a mulher, sem pudor, tentar enfiar a comida na sua boca. O vídeo foi gravado por uma ex-funcionária, que se começou a aperceber destes acontecimentos no final de janeiro.
A agressão aconteceu na Escola de Educação Infantil Alegria de Saber, em São Paulo, no Brasil. Ingrid Oliveira, a antiga funcionária, contou à TV Globo, citada pelo "G1", que se começou a aperceber que algo de estranho se passava, uma vez que as crianças não queriam estar ao pé da diretora da escola, de nome Marina Rodrigues de Lima. "Eu comecei a perceber umas coisas que estavam acontecendo lá e comecei a gravar. Não acho certo. Se fosse com a minha filha, eu queria que alguém me contasse, e foi isso o que eu fiz", afirmou.
No vídeo tornado público vê-se a diretora sentada numa mesa à parte com o menino de dois anos, depois de o ter obrigado a colocar comida na boca e de este não o ter feito. Puxado pela camisola até à mesa, o menino chora bastante, e é aí que Marina Rodrigues de Lima chacoalha a criança e tenta forçá-lo a abrir a boca. Ao ver que não consegue, dá duas chapadas ao menino, que começa a chorar ainda mais. Ao mesmo tempo, a diretora tenta enfiar comida na boca da criança agarrando no seu pescoço, para que o menino não saia do seu lugar.
Marina Rodrigues de Lima está a ser investigada pela Polícia Civil por maus tratos, lesão corporal, tortura e humilhação de crianças, uma vez que, segundo a Secretaria da Segurança Pública, citada pelo “Metrópoles”, este não é um caso isolado. A mulher está a ser investigada por agressão a várias crianças de dois e três anos, com as autoridades a analisar todas as imagens das câmaras de segurança da escola e a falar com funcionários e possíveis testemunhas.
Uma delas é Larissa Soares, mãe de um dos meninos que frequentam a creche e, à TV Globo, de acordo com o "G1", a mulher também confessou ter percebido que o filho de dois anos tinha mudado os seus comportamentos depois de ter entrado naquela escola. "As coisas que ela fazia com ele, ele replicava em casa com a gente. Notei sinais físicos também, só que ele não sabe se expressar ainda da maneira certa. Então nunca chegou a me falar nada, apesar de eu sempre perguntar", disse Larissa.