Este acontecimento é inédito: um dispositivo criado por cientistas holandeses conseguiu limpar uma ilha de lixo, três vezes maior que a França, situada no oceano Pacífico. Esta foi a primeira vez que se recolheram plásticos e micro-plásticos dos oceanos.
Foi Boyan Slat, o fundador do projeto Ocean Cleanup, que deu a conhecer ao mundo que o dispositivo flutuante de 600 metros conseguiu capturar e reter o lixo.
“O nosso sistema de limpeza dos oceanos está finalmente a apanhar plástico, desde redes até aos microplástico. Além disso, alguém perdeu uma roda?” disse Slat, referindo-se a uma roda de veículo a boiar na água.
Como disse o fundador do projeto, o dispositivo não se limita a recolher pedaços de plástico ou redes provenientes da pesca. A máquina foca-se também nos microplásticos à superfície sem perturbar a vida marinha que está por baixo. O aparelho tem transmissores e sensores que comunicam a posição dos resíduos, via satélite, para que depois este possa ser recolhido.
“Estamos a recolher plástico. Depois de Termos começado esta jornada há sete anos, o primeiro ano de testes indica que a nossa visão é atingível e que a nossa missão, que é acabar com o plástico e com o lixo nos oceanos, está à vista”, disse Slat numa conferência em Roterdão, citado pelo “The Guardian”.
O próximo passo será aumentar a área do dispositivo e torná-lo ao mesmo tempo mais resistente para que este consiga reter plástico até um ano.
O lixo proveniente desta primeira experiência deve chegar a terra em Dezembro, para reciclagem. O projeto Ocean Cleanup acredita que existe mercado para alguns produtos que possam ser fabricados com plástico vindo do oceano.