Loni James, 40 anos, viajou de Washington para Londres no final de março de 2022 apenas com uma mala grande, uma mochila e um objetivo: viajar pelo mundo e ter um encontro com um morador de cada país que visitasse. Alguns dias depois de chegar a Londres, conheceu um homem francês e britânico no Tinder, com quem teve o primeiro date. Estiveram num pub perto da Tower Bridge a beber cerveja, foram jantar e conversaram durante 5 horas sobre as viagens que já tinham realizado. Contudo, nunca mais viu o homem.
Loni usou o Tinder, Hinge e Bumble e foi a 34 primeiros encontros em 19 países. Desde um encontro de 13 horas no Cairo, Egito, durante o mês do Ramadão com um muçulmano, o mais memorável para Loni, ao encontro com um egípcio em Alexandria, Egito, que revelou que estava noivo, a mulher conta que teve “conversas incrivelmente íntimas e vulneráveis com algumas pessoas”.
Mas as histórias não ficam por aqui. Loni teve um encontro desastroso na Turquia com um homem que ficou chateado quando esta rejeitou os seus avanços físicos e deixou-a a dormir num banco perto de uma loja. Em Verona, Itália, um músico levou-a num passeio noturno de scooter para conhecer pontos históricos da cidade. O encontro mais recente de Loni foi com um homem sul-africano na Cidade do Cabo que começou a fazer truques com cartas à mesa durante o jantar, revela a "CNN Travel".
Para a mulher, todos os encontros, mesmo os maus, ensinaram-lhe alguma coisa e foram todos memoráveis. “No passado, eu encarava os encontros como uma aprovação ou um fracasso. Se eu saísse com alguém e não terminasse num beijo de boa noite ou não terminasse num segundo encontro, eu considerava um fracasso. Não penso mais nisso. Agora percebo o valor de ir a um encontro”, disse Loni.
“Não precisa de ser caro e não existe uma fórmula certa para fazer o romance acontecer. Para mim é quando há conexão e intencionalidade. É a pessoa que te ouve, que procura fazer com que te sintas especial, que te quer fazer sorrir com um gesto atencioso e a pessoa que quer saber o que pensas e procura conhecer-te verdadeiramente”, conta.
A ideia de Loni viajar sozinha surgiu da luta da mãe contra o Alzheimer dos 48 até aos 63 anos, que a incentivou a aproveitar o momento. Antes de morrer, a mulher contou-lhe sobre um rapaz de quem gostava e a mãe aconselhou-a a “garantir que ele adorasse viajar”. “Aquilo foi muito impactante, porque com a doença ela sabia o quanto isso era importante para mim ao procurar um parceiro”, afirmou.
Loni partilha as suas experiências no Facebook e no Instagram com a hashtag #ADateinEveryCountry e já teve encontros na Jordânia, Egipto, Chipre, Reino Unido, Turquia, Suíça, França, Itália, Eslovênia, Noruega, Islândia, Portugal, Marrocos, Tunísia, Mauritânia, Senegal, Gâmbia, Namíbia e África do Sul.
Apesar dos vários encontros, Loni ainda não encontrou um parceiro e planeia escrever um livro para contar todas as suas experiências em encontros. “Aprendi que sou a melhor versão de mim mesma quando estou a viajar, mais aberta e mais curiosa. Sou fascinada pela maneira como diferentes países abordam as mesmas coisas. Sou constantemente relembrada de que não existe uma maneira certa de fazer as coisas”, disse.