Florencia Guiñazú, modelo e futebolista argentina de 30 anos do Club Atlético Gimnasia y Esgrima, em Mendoza, foi encontrada morta após ter sido espancada e estrangulada pelo ex-marido, Ignacio Agustín Notto, de 32 anos, com os filhos em casa. Depois do crime, que ocorreu este sábado, 6 de abril, o homem suicidou-se no apartamento da jogadora.
O agressor deixou um cartaz numa das janelas da habitação que alertou os vizinhos. “Chamem a polícia, as crianças estão sozinhas”, dizia. O ex-marido da futebolista terá escrito a mensagem antes de acabar com a própria vida.
Os dois filhos do casal, de 5 e 7 anos, estavam a jogar Playstation na sala, enquanto os pais discutiam no quarto, onde ocorreu o crime. A criança mais velha terá batido à porta da divisão onde Florencia e Ignacio se encontravam, mas não obteve resposta. A tutela das crianças vai ser determinada pela Equipa Técnica Interdisciplinar e, por enquanto, estão com familiares próximos da vítima, segundo o site Infobae.
A polícia, quando chegou ao local, derrubou a porta e encontrou a futebolista no chão, juntamente com uma poça de sangue. Os resultados da autópsia revelaram que a mulher morreu por asfixia e estrangulamento.
Em novembro de 2023, Florencia tinha apresentado uma queixa contra o ex-marido, pedindo uma ordem de restrição contra o homem, que foi emitida posteriormente. “Todos os dias lhe peço que saia da minha casa”, disse a modelo às autoridades após uma discussão com Ignacio.
O clube onde Florencia jogava manifestou-se sobre a sua morte num comunicado. “Lamentamos profundamente o assassinato da Florencia Guiñazú, que foi um feminicídio. O marido, Ignacio Notto, espancou-a até à morte e depois suicidou-se. Apesar de estarem legalmente casados, estavam separados, ela já o tinha repetidamente denunciado e ele chegou a ser detido, e posteriormente libertado, em novembro de 2023. Há muitos detalhes deste caso que ainda não são conhecidos e esperamos por mais informação. O que sabemos é que o futebol feminino está de luto, mais uma mulher foi assassinada às mãos do ex-companheiro. Parem de nos matar”, escreveram.