O Governo português aconselhou este sábado, 19 de fevereiro, os cidadãos nacionais que se encontrem na Ucrânia a saírem do país "enquanto o podem fazer pelas vias normais". A preocupação com o agravar da situação na Ucrânia está a aumentar e o apelo surge assim depois das declaração dos Estados Unidos de que a Rússia poderá invadir a Ucrânia "a qualquer momento" nos próximos dias.

"Atendendo ao possível agravamento da situação de segurança no país e eventual suspensão de voos comerciais, aconselhamos os cidadãos portugueses que se encontrem na Ucrânia e não tenham uma razão premente para ficar a que saiam do país enquanto o podem fazer pelas vias normais", aconselha um aviso publicado no Portal das Comunidades Portuguesas, citado pelo jornal "Expresso". 

Soldado ucraniano morto em combate no leste do país. Notícia foi avançada pelo exército
Soldado ucraniano morto em combate no leste do país. Notícia foi avançada pelo exército
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Além de Portugal, outros países já pediram também aos seus cidadãos na Ucrânia para que deixem o país. A lista inclui Estados Unidos, Canadá, Reino Unido, Noruega, Dinamarca, Bélgica, Países Baixos, Alemanha, Espanha, Israel, Austrália, Nova Zelândia, Japão, Iraque, Kuwait e Itália.

Associação de Ucranianos em Portugal marca manifestações para este domingo

Com o objetivo de mostrar apoio aos seus compatriotas, a Associação de Ucranianos em Portugal organiza este domingo, 20 de fevereiro, uma manifestação, em pelo menos três pontos do país, Lisboa, Porto e Vilamoura, avança a SIC Notícias. 

Em Lisboa, junto à Embaixada da Rússia, cerca de uma centena de pessoas pede o fim do conflito na Ucrânia e o regresso à paz, num protesto contra o Presidente Vladimir Putin. Pelas 10h, os manifestantes, que empunham bandeiras da Ucrânia e faixas anti-Putin, começaram a cantar cânticos russos de resistência, que remontam à II Guerra Mundial, escreve o mesmo jornal.

De acordo com o organizador deste protesto, em várias partes mundo, onde existe diáspora ucraniana, as pessoas vão-se reunir em locais centrais das cidades ou em frente às embaixadas russas para dizer: "Chega destas ameaças à Ucrânia".