O vencedor do programa televisivo “British Bake Off”, de 2012, está desesperado com o desaparecimento da irmã. De acordo com John Whaite, 31 anos, Victoria Cunningham desapareceu no Aeroporto de Faro, no Algarve. O britânico acusa a polícia portuguesa de não fazer nada para ajudar na procura da irmã. No entanto, garante, as autoridades britânicas estão a fazer tudo o que está ao seu alcance para pressionar as autoridades a investigarem o caso. Será mesmo assim? Já lá vamos.

Na segunda-feira, 5 de agosto, o cozinheiro britânico publicou quatro fotos da irmã no Twitter, dizendo que Victoria está desaparecida e não tem consigo o passaporte. Alertou ainda para que, se alguém a reconhecesse, a informasse de que a família está à sua procura, querendo apenas que ela regresse a casa sã e salva.

No dia seguinte, terça-feira, o irmão de Victoria publicou uma cronologia do percurso que a irmã fez desde sábado até segunda-feira — o dia que foi dada como desaparecida.

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Segundo John, a irmã foi incapaz de embarcar no voo de sábado na sequência de problemas de saúde, relacionados com depressão e desordem disfórica pré-menstrual (PMDD), uma vertente mais grave do Síndrome pré-menstrual. O namorado deixou-a no aeroporto de Faro.

Na segunda-feira, Victoria deveria ter apanhado um novo voo, mas deixou o aeroporto à pressa, saindo sem passaporte. O irmão realça que a irmã tem problemas psicológicos e de saúde, que poderão ter levado a este comportamento.

De acordo ainda com Whaite, a sua outra irmã, Jane, e uma, amiga, Chris, apanharam um voo para Portugal esta terça-feira, com o objetivo de encontrarem Victoria o mais rápido possível.

Por volta das 11h30, ainda desta terça-feira, John avisou que Jane chegou a Portugal e já está no aeroporto de Faro com as autoridades portuguesas, que vão colaborar e ajudar a resolver este caso.

As autoridades portuguesas não quiseram (mesmo) saber do caso de Victoria?

De acordo com vários comentários deixados pela página VOST Portugal, cujas siglas significam Voluntários Digitais Em Situações de Emergências para Portugal, foi oferecida ajuda a John para entrar em contacto direto com a polícia portuguesa. No entanto, não obtiveram resposta, nem do britânico nem do seu agente.

Na madrugada desta terça-feira, um dia depois de John Whaite ter publicado os alertas no Twitter, este respondeu à mensagem enviada pela VOST, perguntando o que é que a organização podia fazer para o ajudar.

"Nós perguntámos ao John se ele já tinha reportado o suposto caso de desaparecimento da irmã à embaixada britânica ou às autoridades portuguesas. Ele respondeu que não", disse, em declarações à MAGG, Jorge Gomes, um dos fundadores da VOST Portugal.

Achando o cenário um pouco estranho, Jorge contactou as autoridades portuguesas para confirmar se de facto existia algum registo de desaparecimento por parte de John Whaite. A polícia respondeu não ter informações de nenhum desaparecimento em Faro, muito menos nas condições em que Victoria se encontra.

"Eu acredito que se o caso tivesse sido logo reportado às autoridades, a procura já tinha avançado e possivelmente a Victoria já tinha sido localizada. Não penso que o Twitter seja a melhor forma de anunciar que alguém desapareceu, até porque a polícia não irá reparar de imediato se alguém os identificar nalguma publicação", explicou Jorge Gomes.

A VOST defende que possivelmente não se trata de um caso de uma rapariga desaparecida, mas sim perdida. "Se nós analisarmos bem, ela não está a fugir, ela está a tentar voltar para casa, senão nem iria tentar apanhar dois voos. As coisas apenas começaram a correr mal assim que ela foi abandonada pelo namorado no sábado, no aeroporto. E o facto de ela não ter consigo o passaporte não facilita nada."

A condição de saúde de Victoria é instável e não se sabe se está controlada por medicação ou não.