Já imaginou o que seria trabalhar apenas quatro dias úteis e ter direito a três dias de descanso por semana? Esta foi uma realidade no Japão para alguns funcionários da Microsoft. A experiência designada por Work-Life Choice Challenge Summer 2019 foi realizada com o objetivo de testar a rentabilidade dos trabalhadores durante quatro dias úteis.
O salário manteve-se, mas as condições de trabalho alteraram-se: 2.300 funcionários não trabalharam às sextas-feiras durante o mês de agosto, as reuniões foram encurtadas, com a duração no máximo até 30 minutos e foram incentivadas a comunicar mais online do que presencialmente. Nenhum dos trabalhadores perdeu dinheiro, dias de férias ou folgas com esta experiência.
O estudo realizado pela empresa americana revelou valores surpreendentes. A experiência revelou um aumento de 40% de produtividade em comparação com o mesmo mês no ano anterior e os funcionários também demonstraram estar mais satisfeitos — 92% relataram que estavam mais contentes com a semana de trabalho mais curta, de acordo com a publicação da Microsoft japonesa, publicada a 31 de outubro, conforme cita o site "InfoMoney".
Segundo a plataforma online "Mashable India", o presidente e CEO da Microsoft, Takuya Hirano, afirmou: “Trabalhe pouco tempo, descanse bem e aprenda muito. É necessário ter um ambiente que permita sentir o seu objetivo na vida e tenha um impacto maior no trabalho. Quero que os funcionários pensem e experimentem como podem alcançar os mesmos resultados com menos 20% de tempo de trabalho”.
Para além das vantagens nos trabalhadores, o relatório da experiência também indicou outras mais-valias no próprio ambiente: deu-se uma redução de 23% no consumo de eletricidade e de 59% no número de páginas impressas em comparação com o mesmo mês no ano anterior.