A mulher que acusou Jay-Z de a ter violado numa das festas polémicas do rapper P. Diddy vai poder continuar anónima até o tribunal decidir o contrário. A decisão foi anunciada esta quinta-feira, 26 de dezembro, pela juíza Analisa Torres, que vaticinou que a vítima não teria de revelar o seu nome, mas acrescentou que poderia reverter esta decisão se assim achasse necessário.
O pedido para que fosse feita a revelação da identidade da mulher foi feito pelo advogado de Jay-Z, de acordo com a revista “People”. Ao que tudo indica, Alex Spiro apresentou várias moções para anular a queixa da vítima, afirmando que o processo não podia continuar se esta não revelasse a sua identidade, e que Jay-Z tinha o direito de saber quem o estava a acusar “de forma sensacionalista”. Perante esta situação, a juíza teve de tomar uma decisão, e a “linguagem inflamatória” e “inapropriada” do advogado do marido de Beyoncé não ajudaram a fazer o caso.
“A constante apresentação de moções combativas pelo advogado de Carter, contendo linguagem inflamatória e ataques ad hominem [argumentos que tiram o foco do assunto principal], é inapropriada, um desperdício de recursos judiciais e uma tática que provavelmente não vai beneficiar o seu cliente”, escreveu a juíza, segundo os documentos obtidos pela FOX News. “O tribunal não vai acelerar o processo judicial apenas porque o advogado o exige”, acrescentou. Com isto, está nas mãos da juíza quando é que (e se) a vítima vai revelar a sua identidade.
O rapper norte-americano Jay-Z, marido de Beyoncé, foi acusado no dia 8 de dezembro de ter violado uma menina de 13 anos numa festa no ano de 2000. O caso deu-se depois da cerimónia dos MTV Video Music Awards e, alegadamente, Sean “Diddy” Combs, conhecido como P. Diddy, que está preso desde setembro por acusações de tráfico sexual, também esteve envolvido na violação. No processo, citado pela NBC News, lê-se que a jovem de 13 anos estava a tentar entrar numa festa pós-cerimónia, e acabou na casa de P. Diddy.
Quando chegou à festa, a jovem foi obrigada a assinar um documento, e foi-lhe oferecida uma bebida. Depois disso, começou a sentir-se “tonta, desorientada e com vontade de se deitar”. Assim que o fez, P. Diddy e Jay-Z entraram alegadamente no quarto onde ela se encontrava, e o primeiro artista perguntou-lhe se ela estava “pronta para a festa”. Ao mesmo tempo, o marido de Beyoncé começou a tirar a roupa da jovem e violou-a, enquanto P. Diddy e uma mulher, cuja identidade não foi revelada, observavam. Depois, P. Diddy terá também abusado da adolescente.
Nas redes sociais, Jay-Z não deixou estas alegações caírem por terra e publicou uma declaração sobre o assunto, explicando que achava as acusações “hediondas” e que os filhos e a mulher teriam também eles de lidar com toda a situação. As moções para anular a queixa da vítima começaram a surgir, com Alex Spiro a afirmar que Jay-Z merecia “conhecer a identidade da pessoa que está efetivamente a acusá-lo - de forma sensacionalista e à caça de publicidade - de conduta criminosa”. No entanto, a juíza já tomou a sua decisão.