Não tem dinheiro para comprar presentes de Natal, então vê-se obrigada a dizer aos filhos que o Pai Natal não existe para que eles percebam a razão pela qual não vão ter uma árvore recheada. É esta a história de Rachel, uma mulher de 30 anos da Escócia, Reino Unido, cuja vida tomou um rumo que não imaginava.
"Vamos ter de chegar a um ponto em que temos de dizer aos nossos filhos a verdade sobre o Natal?", questiona Rachel, num vídeo publicado no Tiktok. Ao explicar que as crianças pensam que é a própria mãe a mandar dinheiro ao Pai Natal para pagar os presentes, não quer ficar aquém das expectativas a que as habitou em anos anteriores.
Assim, diz que se sente "envergonhada" por sequer pensar em tomar esta decisão. "Estou só curiosa em relação a como é que planeamos fazer o Natal acontecer. Ficou tudo tão caro", desabafa. Todos os filhos têm menos de 10 anos – portanto, estão naquela idade em que o Natal é bastante valorizado. E é precisamente por isso que atualmente, ao pensar nesta data, se sente "fisicamente doente", temendo a ideia de desvendar às crianças que não poderão receber presentes.
Isto acontece depois de, ao engravidar inesperadamente do quarto filho, se ter despedido do seu posto enquanto gerente da Samsung, um trabalho que "amava", avança o "The Sun". Agora, vê-se enleada numa teia de contas, enquanto luta, simultaneamente, contra o aumento do custo de vida.
"Eu não estou a viver, estou a sobreviver... por pouco", continua. Depois, enumera as coisas que se viu impedida de fazer, entre as quais comprar roupa quente para o inverno e ligar o aquecimento de casa fazem parte da lista. Isto tudo porque não pode voltar a trabalhar enquanto os filhos forem pequenos.
"Se eu tivesse uma família para me ajudar, voltaria a trabalhar. As pessoas dizem que fico de papo para o ar o dia todo, mas tenho sido uma mãe trabalhadora e agora sou uma dona de casa e sinto que estou a fazer o trabalho de dez pessoas", afirma Rachel, citada pela mesma publicação.
Apesar desta situação, a mulher aponta que continuam a chegar-lhe mensagens de pessoas que a criticam pelo estilo de vida que leva. "As pessoas acham que eu não quero trabalhar, mas eu adoraria!", esclarece, acrescentando, porém, que o filho mais novo, que tem 19 meses, ainda "não está perto de entrar para a escola".