Elizabeth Hirschhorn está hospedada num Airbnb, na Califórnia, Estados Unidos, do valor de 3,8 milhões de dólares (cerca de 3,6 milhões de euros) e recusa-se a deixar a mansão. A mulher está lá a viver há 540 dias (quase um ano e meio) e afirma que apenas deixa a casa se receber 100 mil dólares (cerca de 95 mil euros).
O anfitrião, Sascha Jovanovic, alugou a sua casa de hóspedes à mulher em setembro de 2021 e já tentou abrir um processo para tirá-la da mansão, mas um juiz da cidade afirma que este não a pode expulsar, já que lhe alugou a propriedade sem ter um certificado de ocupação.
Além disso, o homem também mandou construiu a casa sem autorização e, como a locação não é considerada legal, o anfitrião não poderia cobrar nenhum valor monetário à mulher. No Airbnb, a propriedade está descrita como um “estúdio moderno com vistas deslumbrantes de 360º para o mar/cidade”, destina-se a hóspedes de curta duração e custa 215 dólares (cerca de 204 euros) por noite.
Segundo o processo, a hóspede ficaria 187 dias no local, pagando no total 19.833 dólares (18.79 mil euros), mas Elizabeth estendeu a sua estadia mais 24 dias. Os problemas começaram quando Sascha foi consertar as persianas eletrónicas da casa e percebeu que havia mofo e danos causados pela água à volta da pia.
O homem ofereceu-se para pagar um hotel à mulher enquanto ele arranjava estes problemas, mas ela recusou. Além disso, a mulher ainda foi convidada para ficar na própria casa do anfitrião, mas a resposta foi a mesma.
Como o homem percebeu que ela não iria sair da casa, enviou-lhe um e-mail. “Você não tem nenhuma reserva depois de dia 12 de abril e vou considerá-la uma invasora da minha propriedade. Após esta data, usarei os meus direitos legais para removê-la da minha propriedade”, escreveu. Contudo, a mulher continua a viver na casa, mesmo já tendo passado 408 dias do prazo inicial.
O anfitrião afirma que não se sente seguro. “Nunca poderei entrar e saber que estou seguro quando uma pessoa potencialmente hostil mora lá, penso nisso o tempo todo”, contou ao "Los Angeles Times".
Mas a história não acaba aqui. Elizabeth também processa o anfitrião por tê-la recebido de forma “inapropriada”. “O proprietário violou a lei e tentou ganhar dinheiro alugando uma unidade ilegal. Depois de ser apanhado, em vez de fazer a coisa certa, recorreu à intimidação, ao assédio e à abertura de ações judiciais frívolas contendo elaboradas histórias falsas, tudo na tentativa de se encobrir”, disse o seu advogado, Colin Walshok. A mulher acrescentou ainda que, “como a unidade não tinha certificado de ocupação, o arrendamento máximo permitido para unidade era de 0 dólares (0 euros)”.