O percurso da Uber está marcado por vários processos judiciais relacionados com comportamento dos motoristas que trabalham para a empresa, nomeadamente devido a agressões a mulheres. Esta quarta-feira, 13 de julho, a empresa sediada em São Francisco, no estado da Califórnia, Estados Unidos, foi novamente processada.

Cerca de 550 mulheres norte-americanas apresentaram um processo nos tribunais de São Francisco contra a empresa de transportes Uber por terem sido atacadas e agredidas por motoristas enquanto se encontravam dentro dos veículos, divulgou o "Jornal de Notícias".

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"As passageiras foram sequestradas, agredidas sexualmente, espancadas, violadas, perseguidas, assediadas e atacadas por motoristas da Uber, designados através da aplicação da empresa", explicaram os advogados do escritório Slater Slater Schulman, LLP., em comunicado.

De acordo com este processo, a empresa sabia que alguns dos seus motoristas que estavam a agredir sexualmente e a violar passageiros do sexo feminino desde 2014. Porém, esses mesmos motoristas continuam a trabalhar para a Uber e a atacar mulheres até ao dia de hoje.

Na mais recente edição do relatório de segurança da empresa, divulgado no início de junho, a Uber revelou ter recebido 3.824 denúncias de agressão sexual grave em 2019 e 2020, indo estas de beijos não consensuais a violação, adianta o "Jornal de Notícias".