Desde 2021 que a Ocean Gate Expeditions, uma empresa de pesquisa oceânica, se dedica a explorar o local de naufrágio do Titanic. Até à data, só tinhamos visto imagens com pouca qualidade, nas quais conseguimos distinguir os contornos do navio, alguns detalhes de maior dimensão e pouco mais.

No entanto, a empresa conseguiu ir mais além. Na passada terça-feira, 30 de agosto, divulgou um vídeo com uma resolução de 8k da última expedição ao local do naufrágio – e nunca aquilo que resta do navio se viu tão bem.

Este é mesmo um feito histórico: não existem registos da embarcação naufragada que tenham tanta definição. O vídeo, publicado no Youtube, tem apenas um minuto de duração – mas foi o suficiente para se conseguir perceber que, embora esteja praticamente irreconhecível, ainda há alguns detalhes da embarcação que subsistiram à corrosão.

Esta é a segunda vez que a OceanGate Expeditions ruma até ao fundo do Atlântico para captar imagens do Titanic. A expedição foi realizada durante missões de oito dias, começando em maio e terminando em junho – e cada especialista que embarcou na missão teve um custo de 250.000 dólares (cerca de 249.013,75 euros), segundo o “Daily Mail”.

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Em 2023, já há mais uma missão agendada. "Os detalhes surpreendentes nas imagens de 8k vão ajudar a nossa equipa de cientistas e arqueólogos marítimos a caracterizar a degradação do Titanic com mais precisão, à medida que formos captando novas imagens em 2023", confirma Stockton Rush, presidente da empresa, em comunicado, citado pelo “Daily Mail”.

Estima-se que tenham morrido cerca de 1.500 pessoas no naufrágio do Titanic. A 14 de abril de 1912, o navio rumava até Nova Iorque, nos Estados Unidos, depois de ter partido de Southampton, no Reino Unido, tendo atingido um iceberg no percurso. Na manhã seguinte, já não havia sinal da embarcação, porque havia afundado por completo.

Durante muitos anos, os destroços do navio naufragado suscitaram interesse e foram procurados incessantemente. No entanto, o Titanic só foi descoberto em 1985, a 12.415 pés (o equivalente a quase 4000 metros) de profundidade, nas águas do Atlântico. Desde então, as expedições ao local têm sido constantes, na tentativa de captar o que resta deste navio histórico, que era, alegadamente, impossível de afundar.