A forças russas bombardearam este domingo, 13 de março, um centro militar na cidade de Yavoriv, na região de Lviv, localizada a 25 quilómetros da fronteira com a Polónia, país que pertence à NATO.

Neste momento sabe-se que o número de vítimas mortais provocadas pelo ataque subiu para 35 e que há a registar pelo menos 134 feridos. "Infelizmente, perdemos mais heróis: 35 pessoas morreram como resultado do ataque ao centro. Outras 134 estão no hospital com vários ferimentos", pode ler-se no comunicado transmitido pelo Governo Regional de Lviv, citado pela CNN Portugal. 

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Na zona do bombardeamento há um elevado fluxo de refugiados e é também nessa região que muitos diplomatas e meios de comunicação internacionais estão baseados, escreve o mesmo jornal. O centro de treino alberga também o Centro Internacional para a Manutenção da Paz e Segurança, unidade que conta com a presença de vários militares estrangeiros, escreve o "Correio da Manhã". 

Após o ataque à base militar perto da fronteira, o presidente da Polónia afirmou que, se Putin usar qualquer arma de destruição em massa na Ucrânia isso representa uma mudança no jogo. "Seguramente, a NATO terá de pensar seriamente no que fazer, porque começará a ser perigoso, não só para a Europa, para a nossa região e para o mundo todo", disse, citado pela CNN Portugal.

Em declarações ao programa Sunday Morning, Andrez Duda afirmou ainda que acredita que a Rússia pode usar armas químicas, uma vez que Vladimir Putin está numa "situação muito difícil". "Atualmente, politicamente, ele já perdeu esta guerra e, internamente, não está a ganhar", afirmou o presidente da Polónia.

Ataque russo a caravana humanitária faz sete mortos

Também este domingo, 13, o Ministério da Defesa da Ucrânia informou que sete civis ucranianos, incluindo uma criança, morreram após um bombardeamento russo a uma caravana humanitária de refugiados, avança o "Diário de Notícias", acrescentando que as sete pessoas estavam entre centenas que tentaram fugir da aldeia de Peremoha, 20 quilómetros a nordeste de Kiev.

Além deste ataque, o bombardeamento russo à cidade de Mykolaiv, perto do porto de Odessa, no Mar Negro, fez pelo menos nove mortos.

No sábado o presidente da Ucrânia afirmou que 12.729 pessoas conseguiram sair do país através de corredores humanitários. Apesar de Volodymyr Zelensky ter refiro que os corredores humanitários de retirada de pessoas previstos para sábado funcionaram,  a vice-primeira-ministra, Irina Vereshchuk, revelou que estiveram operacionais nove dos 14 corredores humanitários previstos, escreve o mesmo jornal.

Desde que a Rússia começou a guerra com a Ucrânia, a 24 de fevereiro, já morreram pelo menos 564 pessoas e mais de 982 ficaram feridas entre a população civil. Estes são os mais recentes dados da ONU, que apontam ainda para a fuga de cerca de 4,5 milhões de pessoas, entre as quais 2,5 milhões para os países vizinhos.