Vadim Shishimarin, soldado russo de 21 anos, foi condenado esta segunda-feira, 23 de maio, a prisão perpétua, avança a Reuters, segundo a CNN Portugal. O jovem assumiu a culpa sobre a morte de um civil desarmado de 62 anos a 28 de fevereiro, numa aldeia localizada no nordeste da Ucrânia, Chupakhivka.
Ao confessar o crime em tribunal, Vadim pediu perdão sobre o assassinato que, segundo a justiça ucraniana, terá acontecido quando “um dos militares ordenou ao arguido que matasse o civil para que este não os denunciasse".
Contudo, o perdão de nada valeu ao soldado de 21 anos, que vai cumprir pena até à morte, tal como foi pedido pela procuradoria-geral ucraniana na quinta-feira, 19 de maio.
Vadim Shishimarin é o primeiro a ser condenado desde que os russos invadiram a Ucrânia, a 24 de fevereiro. Estão sob investigação mais de 10 mil crimes, como avançado pela diretora executiva da Amnistia Internacional (AI) na Ucrânia, Oksana Pokalchuk, segundo a SIC Notícias.
“As investigações devem ser feitas, sobretudo, ao nível intermédio e ao nível mais baixo do exército russo. Foi a esse nível que foram cometidas as maiores atrocidades. E, para esses casos, terá de ser a justiça ucraniana a atuar”, afirmou.