Vin Diesel, de 56 anos, foi acusado, esta quinta-feira, 21 de dezembro, de ter agredido sexualmente Asta Jonasson no outono de 2010, durante as filmagens de “Velocidade Furiosa 5”, em Atlanta, EUA. A mulher, que foi contratada pela One Race Productions, produtora do filme, para trabalhar como assistente do ator norte-americano durante as filmagens, explicou que o seu trabalho incluía organizar e acompanhar Vin Diesel a festas, e alega que o mesmo a agrediu sexualmente durante esse período.

Pornhub admite ter lucrado com conteúdos de tráfico sexual e vai pagar mais de 1,6 milhões de euros
Pornhub admite ter lucrado com conteúdos de tráfico sexual e vai pagar mais de 1,6 milhões de euros
Ver artigo

Claire-Lise Kutlay, advogada de Asta Jonasson, afirmou em comunicado que a empresa está orgulhosa "de representar a Sra. Jonasson e de responsabilizar Vin Diesel e aqueles que permitiram e encobriram a sua agressão sexual”, de acordo com o jornal diário “USA Today”. “A lei existe para proteger aqueles que foram injustiçados, independentemente do poder ou da fama do arguido. O assédio sexual no local de trabalho nunca acabará se os homens poderosos forem protegidos da responsabilização", concluiu.

As alegações apresentadas ao Tribunal Superior de Los Angeles, no estado norte-americano da Califórnia, afirmam que, segundo o jornal “The Guardian”, a assistente pessoal do ator, conhecido não só pela saga “Velocidade Furiosa” mas também por fazer parte de franchises como “Guardiões da Galáxia” e “XXX”, foi convidada a entrar na suíte de Vin Diesel, ficando à espera que outras mulheres que lá estavam saíssem. Quando aconteceu, Asta Jonasson alega que o ator a agarrou nos pulsos e a empurrou para cima da cama. Depois de lhe pedir para ir embora, Diesel terá começado a apalpar-lhe os seios e a beijar-lhe o peito, passando as mãos pelo corpo da assistente.

Jonasson tinha medo de "recusar à força" o ator, não só por ser quem era mas também por razões de segurança, mas depois de Vin Diesel ter começado a puxar-lhe as cuecas para baixo, a assistente gritou e correu para o corredor. De acordo com a acusação, Diesel prendeu-a à parede e colocou a mão dela nos seus órgãos genitais, masturbando-se, enquanto "aterrorizada, a Sra. Jonasson fechou os olhos, tentando dissociar-se da agressão sexual e evitar enfurecê-lo". Horas mais tarde, a irmã de Diesel, Samantha Vincent, presidente da One Race, telefonou a Jonasson para a despedir, tendo ela menos de duas semanas de trabalho.

"A mensagem era clara. A Sra. Jonasson foi despedida por ter resistido corajosamente à agressão sexual de Vin Diesel, Vin Diesel seria protegido e a sua agressão sexual encoberta", afirmou a advogada. "A Sra. Jonasson sentiu-se desamparada, a sua autoestima foi destruída e ela questionou as suas próprias capacidades e se uma carreira de sucesso exigiria que ela trocasse o seu corpo por uma promoção".

Bryan Freedman, advogado de Vin Diesel, disse num comunicado que o ator "nega categoricamente" esta alegação . "Esta é a primeira vez que ele ouve falar desta alegação com mais de 13 anos feita por um suposto empregado de 9 dias. Há provas claras que refutam completamente estas alegações bizarras", explicou. No entanto, essas provas não foram divulgadas.

Asta Jonasson está, assim, a processar o ator, a sua irmã e a One Race Productions, por alegada discriminação baseada no género, ambiente de trabalho hostil, retaliação e despedimento sem justa causa. Apesar de ter assinado um acordo de confidencialidade quando aceitou o cargo, a assistente conseguiu apresentar as queixas devido à Lei Speak Out, que impede a aplicação de acordos de confidencialidade em casos de agressão sexual e agressão e assédio para alegações de abuso sexual ocorridas a partir de 2009.