O segundo dia de Jornada Mundial da Juventude foi marcado pela chegada do Papa Francisco a Portugal. A agenda do chefe máximo da Igreja Católica para este dia era bastante preenchida. Depois de aterrar na base aérea de Figo Maduro, em Lisboa, o Papa seguiu para uma cerimónia de boas-vindas, no Palácio Nacional de Belém, com Marcelo Rebelo de Sousa, onde acabou por deixar uma mensagem em português no livro de honra.
Mas o momento de destaque deste primeiro dia do Sumo Pontífice vai para o encontro entre o Papa e as vítimas de abusos na Igreja em Portugal, na Nunciatura Apostólica, em Lisboa. De acordo com a Renascença, Francisco ouviu mais de uma dezena de testemunhos destas vítimas que vieram de todo o País.
“No final dos encontros institucionais, o Papa Francisco recebeu na Nunciatura um grupo de 13 pessoas, vítimas de abusos por parte de membros do clero, acompanhadas por alguns representantes das instituições da Igreja portuguesa responsáveis pela proteção de menores”, refere o Vaticano, citado pela Renascença.
“Este encontro do Santo Padre representa a confirmação do caminho de reconciliação que a Igreja em Portugal tem vindo a percorrer neste âmbito, colocando as pessoas vítimas em primeiro lugar, colaborando na sua reparação e recuperação, de forma que lhes seja possível olhar para o futuro com esperança e liberdade renovadas”, acrescentou ainda a Comissão Episcopal Portuguesa, citada pela Renascença.
Pelo caminho dos compromissos que tinha programado para este dia, como o encontro com as autoridades, a sociedade civil, o corpo diplomático, o primeiro-ministro e ainda as Vésperas com o clero português, o Papa Francisco teve ainda tempo para beijar e benzer alguns bebés que foi encontrando pelo percurso que fazia até estes eventos.