Não pense naquela contagem decrescente como os segundos que faltam para meter doze passas à boca e brindar com champanhe. O ano muda e, ainda que nos primeiros minutos de dia 1 de janeiro todo o cenário pareça igual, abriram-se as portas a todo um novo ano e a novas resoluções.
Essas resoluções para 2023 devem ser realistas e concretizáveis, de forma a que não fiquem pelo caminho. De nada vale o "faço e aconteço" se quando faz uma retrospetiva do ano que passou, apercebe-se de que metade dos objetivos ficaram por cumprir.
"A dificuldade reside na distância entre a resolução e a realização. Sem uma boa planificação corre-se o risco de daqui a um ano estar tudo igual, adicionando ainda uma dose de frustração pelos objetivos não estarem cumpridos, o que gera crenças limitadoras: 'Realmente eu não tenho sorte nenhuma, nunca consigo atingir os meus objectivos'", explica à MAGG a psicóloga clínica Débora Água-Doce, fundadora da Clínica da AutoEstima.
Ser mais assíduo no ginásio e praticar uma alimentação mais saudável, por exemplo, são duas das resoluções mais comuns. Mas são também aqueles que concorrem para uma maior falácia.
Talvez seja ainda a consciência dos abusos do Natal e das noite das quais ainda mal recuperou, mas a verdade é que são muitos os objetivos relacionados com o bem estar identificados pela psicóloga Débora Água-Doce: “Este ano vou deixar de fumar”, “vou mudar de emprego”, “vou dedicar mais tempo à minha família”, “vou fazer voluntariado”.
E porque é que todos os anos decidimos estabelecer metas? "Pela necessidade de fugir à rotina, de querer sentir adrenalina por algo desconhecido e sobretudo, pela esperança de que seja um ano risonho repleto de emoções e conquistas", explica a psicóloga que acrescenta que tudo isto pode mesmo acontecer, desde que tenhamos capacidade para tal.
Ora, para isso, não pode adiar os seus objetivos, porque caso contrário a desmotivação vai-se instalar e influenciar as resoluções de ano novo. Se quer realmente mudar este ano, veja as dicas da psicóloga clínica.