O número de contágios na região de Lisboa e Vale do Tejo começou a estabilizar e, por isso mesmo, o governo de António Costa decidiu passar de estado de calamidade para estado de contingência as 19 freguesias da Grande Lisboa. No entanto, as restrições vão manter-se em toda a área metropolitana.
Isto significa que, à semelhança do que acontecia até aqui, os centros comerciais vão continuar a fechar às 20 horas, os supermercados às 22 horas e os estabelecimentos de restauração às 23 horas. Da mesma forma, o consumo de bebidas alcóolicas continua a ser proibido na via pública e a venda de álcool interdita a partir das 20 horas em qualquer espaço comercial, avança o jornal "Expresso".
Mas há algumas mudanças. As feiras e os mercados, até aqui impossibilitados de funcionar, vão poder voltar a abrir ao público desde que o funcionamento seja aprovado pelas respetivas autarquias depois de ouvidas pela Direção-Geral da Saúde. Além disso, nas 19 freguesias nas quais só estavam autorizados ajuntamentos de até cinco pessoas, passam a ser permitidos até dez.
Por outras palavras, isto põe toda área da Grande Lisboa com o mesmo tipo de resposta ao surto da COVID-19, tal como tinha antecipado o mesmo jornal na edição de sábado, 25 de julho.
Até aqui, todas estas freguesias estavam obrigadas ao dever cívico de recolhimento domiciliária, às restrições na livre circulação, aos ajuntamentos e a proibição de mercados e feitas. Estas restrições são levantadas já no final de julho, com a passagem da área da Grande Lisboa para o estado de contingência.
A decisão foi anunciada esta segunda-feira, 27 de julho, por Eduardo Cabrita, ministro da Administração Interna, que sublinhou "a evolução claramente positiva" do estado do contágio nestes territórios — que passaram dos quase 400 novos casos semanais para uma média de 200 nas últimas duas semanas.
Depois da redução do estado do alerta na região da Grande Lisboa, o Conselho de Ministros vai voltar a reunir-se a 13 de agosto para avaliar o estado da situação pandémica no País.