Nesta altura do ano, é comum pedir-se como "prenda" um animal. O relato é feito por várias associações do País ao "Jornal de Notícias", que apelam para que as pessoas não o façam. Algumas associações acabam mesmo por não fazer adoções nesta altura e outras estão mais atentas aos motivos de quem leva um cão ou gato. Os alertas surgem de todos os lados, incluindo da Organização não governamental (ONG) ANIMAL.
"Deixamos mais uma vez esta importante nota: animais não são nem devem ser vistos como presentes. Se realmente deseja dar um lar a um animal, faça a adoção num momento fora destas festas de 'prendas'", pode ler-se numa publicação de Instagram.
Aviso semelhante é feito pela Sociedade Protetora dos Animais do Porto, que apela para que este Natal não se ofereçam animais. "Não são brinquedos", reforça, e para tornar o apelo eficaz suspendeu as adoções 13 de dezembro de 2021 a 2 de janeiro de 2022. O mesmo foi feito por outras associações em Portugal, como é o caso do Centro de Recolha Oficial de Animais do Porto, da Midas, em Matosinhos, e do Cantinho da Milú, em Marateca.
Já no caso do Cantinho dos Animais Abandonados de Viseu, também com adoções suspensas, os animais ficam guardados. "Se gostarem de algum dos cães, fica guardado até dia 15 de janeiro", explicou Ana Vaz, membro da associação, ao mesmo jornal, acrescentando que já aconteceu em épocas anteriores haver quem cancele o processo após o Natal.
Em alternativa, a Sociedade Protetora dos Animais sugere que se ajude os animais oferecendo o merchandising solidário da associação ou a inscrição de sócio na Associação de Proteção Animal em Portugal (25€). Ser associado não só permite apoiar os animais da associação e animais errantes, como famílias carenciadas, campanhas de sensibilização e outras "ações de proteção e promoção do bem-estar Animal".
Outra forma de ajudar é através de um donativo para a ONG SOS Animal, que nesta altura do ano está a receber doações e continua com os artigos solidários à venda no site.
A mesma associação tem uma política de adoção consciente, que passa por três fases: candidatura à adoção, análise da candidatura e possível entrevista com a SOS Animal e "possível encontro na CVS [clínica da SOS Animal], para finalizar a adoção".