O WhatsApp voltou atrás e já não vai bloquear o acesso a mensagens de quem não aceitar a nova política de privacidade. A rede social, que pertence ao Facebook, estabeleceu um prazo até 15 de maio para que os utilizadores aceitassem as novas regras de modo a manter as funcionalidades da aplicação, mas veio esclarecer esta sexta-feira, 7 de maio, que tudo ficará igual e que as contas não serão apagadas.

"Nenhuma conta vai ser eliminada ou perderá funcionalidades do WhatsApp a 15 de maio por causa desta atualização", explicou a empresa em comunicado, segundo o "Jornal de Notícias".

Aquilo que estava previsto é que quem não aceitasse a política de privacidade até 15 de maio, iria continuar a receber chamadas e notificações, mas apenas durante um "curto período de tempo". Já nesta altura, o Whatsapp dizia que as contas não seriam eliminadas, embora o mesmo não acontecesse com as funcionalidades.

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"Depois de algumas semanas de funcionalidades limitadas, deixará de estar apto a receber chamadas ou notificações e o WhatsApp irá impedi-lo de enviar mensagens e fazer chamadas através do telefone", explicava a empresa, que iria permitir que os utilizadores aceitassem a nova política mesmo depois do prazo.

O esclarecimento sobre o que aconteceria a quem recusasse a nova política veio apenas agravar a polémica que rebentou em janeiro devido ao receio dos utilizadores em relação à possibilidade de o WhatsApp partilhar mensagens privadas ou geolocalização com o Facebook, empresa detentora da aplicação. A desconfiança fez com que milhões de utilizadores transitassem para outras aplicações de troca de mensagens, como o Telegram e Signal. Só o Telegram, recebeu 25 milhões de utilizadores em 72 horas em janeiro.

A polémica fez também com que o prazo da atualização fosse prolongado de fevereiro para maio. Mas afinal, o que diz a nova política de privacidade? Conforme explicado pela empresa, o objetivo não é que o WhatsApp partilhe mensagens privadas ou geolocalização dos utilizadores com o Facebook.

No fundo, o que as novas regras querem fazer é permitir que a aplicação tenha acesso ao conteúdo das mensagens trocadas entre uma empresa e um utilizador, com vista a usar essas informações em campanhas de marketing. Aí sim pode entrar o Facebook, como canal transmissor de publicidade.