Um homem matou a mãe depois de a agredir e de atear fogo à casa onde vivia. Bruno Rodrigues, de 37 anos, maltratou a progenitora durante décadas, antes de a matar, a 16 de novembro de 2022. Está detido desde então e o julgamento começa em setembro.
Desde os 14 anos que consumia drogas e, mais recentemente, também bebidas alcoólicas em excesso, bem como tabaco. Naquele dia em novembro, chegou a casa, no Porto, por volta da uma da manhã, e, como habitual, exigiu dinheiro à mãe. Maria Manuela Brito recusou.
Bruno Rodrigues empurrou dois armários para cima da mãe e deu-lhe dois pontapés na cabeça, deixando-a ainda mais incapacitada do que ela já estava. Depois disso, regou sacos de plástico que continham livros com álcool etílico e, com um isqueiro, começou um incêndio no quarto.
Apesar do desespero da mãe, virou-lhe costas e foi para a cozinha comer. Ela chamou pelo filho, que foi ao seu encontro e que ligou para o 112, mas já era tarde demais. Bruno ligou para o 112, mas a morte da mulher de 68 anos foi declarada pelos bombeiros às 3h40.
Maria Manuela morreu por intoxicação por monóxido de carbono, queimaduras dispersas pelo corpo e lesões traumáticas causadas pela queda dos armários, pelo incêndio e pelas pancadas do filho. Bruno Rodrigues foi detido pela Polícia Judiciária do Porto no mesmo dia.
O arguido está a ser acusado de crimes como homicídio qualificado, incêndio, extorsão na forma continuada e violência doméstica na forma agravada pelo Ministério Público do Porto, assim como refere o "Correio da Manhã". Bruno Rodrigues está em prisão preventiva na cadeia de Custoias, em Matosinhos.
Estão a ser feitos esforços para que não tenha direito a qualquer herança por parte da mãe, a quem exigia dinheiro diariamente. Para a obrigar a dar-lho, fazia cortes no próprio corpo, atirava objetos contra ela e fazia ameaças de morte. Maria Manuela dava-lhe grande parte da sua pensão de velhice, chegando a passar fome por não ter dinheiro para comida.
Bruno Rodrigues não trabalhava e vivia às custas da mãe, que procurava para lhe sustentar os vícios. No passado, já tinha ateado outros incêndios, assim como menciona o mesmo jornal. Quando morreu, Maria Manuela Brito já tinha dificuldades em movimentar-se e em exprimir-se.