Portugal está prestes a entrar num novo confinamento geral. Face à subida abrupta de novos casos diários de COVID-19, o governo prepara-se para ouvir os especialistas no Infarmed na próxima terça-feira, 12 de janeiro, e o confinamento deverá começar logo no dia seguinte, avança o "Observador".

Escolas abertas e comércio fechado. Este pode ser o cenário de um regresso ao confinamento
Escolas abertas e comércio fechado. Este pode ser o cenário de um regresso ao confinamento
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As escolas devem continuar abertas, mas o comércio não alimentar e a restauração devem encerrar. Esta sexta-feira, Pedro Siza Vieira deixou algumas pistas sobre os contornos do próximo confinamento, que será semelhante ao vivido em abril e maio do ano passado, mas assegurou que o objetivo desta medida é "ter um período contido para travar o ritmo de crescimento" das infeções e internamentos com o novo coronavírus, escreve o "Diário de Notícias".

O ministro da Economia assumiu uma "inclinação" para manter o ensino presencial, bem como atividades como a indústria e a construção. Já quanto à restauração, Siza Vieira esclareceu que, apesar do encerramento provável, estes espaços poderão continuar a funcionar em regime de take-away e entrega ao domicílio, salienta o "Dinheiro Vivo".

As novas restrições serão acompanhadas de apoios. Os setores encerrados por determinação administrativa terão acesso automático ao lay-off simplificado, tal como em abril, mas agora com salário a 100% para os trabalhadores e um encargo para empregadores calculado em 19%, esclareceu Siza Vieira, escreve a mesma publicação.

Já as empresas terão também acesso a isenção total da Taxa Social Única, e os restaurantes a funcionar em regime de take-away ou entregas podem aceder ao "lay-off simplificado, mesmo que os trabalhadores possam estar parte deles a trabalhar", disse o ministro.