A pandemia de COVID-19 afetou vários setores de atividade, e nem o Santuário de Fátima escapa. As receitas e visitas de peregrinos sofreram uma queda acentuada, que está a pôr em causa o emprego de 50 dos 308 colaboradores do espaço religioso.

“O cancelamento de viagens de grupos de peregrinação e da atividade turística tiveram um impacto bastante grande na gestão económica e financeira do Santuário”, revela a porta-voz do Santuário, Carmo Rodeia, à TSF, acrescentando que a crise levou a “um processo de reestruturação interna que visa particularmente a redução de custos fixos”.

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Carmo Rodeia já revelou que os trabalhadores estão a par da situação e que é cedo para "a falar em números concretos para a redução de postos", avançando que "não deverá chegar à meia centena", disse, de acordo com o "Jornal i", que cita a agência Lusa.

Contudo, sobre as contas do Santuário de Fátima nada se sabe há mais de 14 anos, depois de a instituição decidir deixar de partilhar essas informações em 2006, avança a TVI24. Sabe-se apenas que aquilo que a crise que vive atualmente vem na sequência de três anos de resultados negativos nas contas da instituição.

A situação precária do Santuário tem sido tema na rede social Twitter, onde várias pessoas se questionam e criticam a falta de transparência da instituição. "Um verdadeiro paraíso fiscal dentro do país. Sem contas, sem impostos. Mas a receber ajudas públicas além da borla fiscal. Que Deus os perdoe", refere um dos utilizadores.

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Outra diz ainda: "O Santuário de Fátima vai despedir 100 trabalhadores devido a dificuldades financeiras. Em Maio, afirmaram ser 'uma questão de honra' não despedir funcionários. A mesma instituição que não apresenta contas há 14 anos e recebe donativos. Até a igreja participa no assalta ao país", acrescenta, fazendo referência aos 100 trabalhadores assalariados que a TVI24 tinha revelado esta terça-feira, 1 de setembro, que seriam dispensados.

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