Há mais 18 mortes e 1.094 novos casos de infeção em Portugal pelo novo coronavírus. São estes os dados divulgados esta segunda-feira, 9 de agosto, pela Direção-Geral da Saúde (DGS), no novo boletim epidemiológico referente à evolução da crise sanitária no País.
A partir desta segunda-feira as pessoas com 25 ou mais anos sem agendamento da vacinação contra a COVID-19 já se podem dirigir aos centros "casa aberta" para receberem a primeira dose, anunciou o grupo de trabalho responsável pela vacinação. "Nesta modalidade são vacinadas primeiras doses de utentes elegíveis que não estejam agendados e que não tenham sido infetados com COVID-19 nos últimos seis meses", disse a equipa de trabalho responsável pelo plano de vacinação contra a COVID-19 em comunicado, citada pela SIC Notícias.
Para evitar que os utentes tenham de aguardar numa fila para serem vacinados, passa também a estar disponível um novo sistema de senhas digitais, diz o canal.
A marcar a atualidade nacional está também a divulgação dos resultados de um estudo feito pelos serviços de Patologia Clínica e de Saúde Ocupacional do Centro Hospitalar Universitário de Coimbra (CHUC) que mostram que os anticorpos à doença sofrem uma quebra drástica três meses após a vacinação contra a COVID-19.
Os dados, revelados por Lucília Araújo, uma das especialistas que coordenaram este estudo, ao "Diário de Notícias", tiveram por base os resultados da administração da vacina contra a COVID-19 em profissionais de saúde, dos primeiros a serem vacinados, e levam a médica a defender que, mais tarde ou mais cedo, será necessária uma terceira dose da vacina — não só para os profissionais de saúde ainda em estudo, como para toda a população, em diferentes fases.
Nos Estados Unidos, este domingo, 8 de agosto, registou-se o maior número crianças hospitalizadas com COVID-19 desde o início da pandemia. A notícia foi anunciada pelo diretor dos Institutos Nacionais de Saúde (NIH), Francis Collins, que, numa entrevista ao programa "This Week" da cadeia de televisão ABC News, defendeu que o país nunca deveria ter chegado ao ponto em que se encontra atualmente, com um ressurgimento de casos causados pela variante Delta.
"Temos vacinas que sabemos serem altamente eficazes e seguras, e, no entanto, metade do país ainda não está totalmente vacinado", disse, citado pelo jornal "Expresso". "A maior parte das mortes são de pessoas não vacinadas. E agora são pessoas mais jovens, incluindo crianças", acrescentou, referindo que neste momento há 1.450 crianças hospitalizadas com COVID-19. "Muitas, por terem menos de 12 anos de idade, não foram vacinadas", lamentou.