
José Azevedo, camionista português que diz ser o autor do vídeo do acidente mortal de Diogo Jota, fez uma publicação nas redes sociais a desmentir as novas provas que dizem que o jogador estava em excesso de velocidade, garantindo que tentou ajudar a apagar as chamas. O homem terá passado pelo local do acidente depois de o carro onde seguiam Diogo Jota e André Silva ter pegado fogo, e explicou que, infelizmente, já não havia nada que pudesse ser feito.
No vídeo, citado pelo jornal “Observador”, o camionista começa por desmentir as alegações que diziam que o autor do vídeo “não prestou os primeiros socorros”, e que apenas estava a fazer o vídeo para responder a quem quer “denegrir a imagem de uma pessoa”. “Supostamente foi um camionista que filmou e que não prestou os primeiros socorros. Pois esse camionista fui eu, fui eu que filmei, tenho provas disso. E depois vejo aqui comentários estúpidos que o camionista filmou para ter likes”, começou por dizer.
“O camionista não precisa de likes para nada e o camionista não tem de provar nada a ninguém. O camionista, que fui eu, filmou, parou, pegou num extintor e tentou ajudar. Eu tentei ajudar, mas devido ao impacto do acidente, esqueçam que não dava para fazer nada”, acrescentou José Azevedo, mostrando também duas provas que mostram que terá mesmo sido ele a gravar o vídeo: o seu nome no ecrã do carro e o vidro partido na parte da frente que também aparece na publicação.
Veja o vídeo gravado.
“Eu não tenho de vos dar tempo de antena, mas tenho de falar isto porque vocês atrás do telefone são todos umas máquinas. Vocês estavam na vossa zona de conforto e eu é que estava lá (...). Tenho pena que não tenha sido um de vocês”, continuou a dizer José Azevedo, passando depois a dar condolências à família de Diogo Jota e André Silva. “Quanto à família, os meus sentimentos. Tudo o que eu disser vale o que vale. Eles passaram por mim super tranquilos, sem excesso de velocidade. Mandei o vídeo para a CMTV porque comecei a ouvir barbaridades”, acrescentou
Esta afirmação vai de encontro ao que o jornal espanhol “El Mundo” divulgou no passado dia 8 de julho, onde citaram partes do relatório das perícias realizadas e divulgaram que um dos pneus do carro tinha rebentado durante uma ultrapassagem, sendo que tudo apontava “para um possível excesso de velocidade”. “Só de manhã é que soube que eram os irmãos que estavam lá dentro do carro. Vocês têm a minha palavra de que eles não iam com excesso de velocidade”, continuou a dizer José Azevedo.
“Iam super tranquilos, eu faço esta estrada todos os dias, de segunda a sábado, e sei a estrada que é, não vale merda nenhuma. É uma estrada escura e eu consegui ver a marca do carro, a cor do carro, tudo direitinho”, acrescentou, dando assim a entender que, se conseguiu ver tudo, é porque o carro onde seguiam os irmãos não ia em excesso de velocidade.