Há mais dez mortes e 434 novos casos de infeção em Portugal pelo novo coronavírus. São estes os dados divulgados esta terça-feira, 23 de março, pela Direção-Geral da Saúde (DGS), no novo boletim epidemiológico.
Estes dados surgem no mesmo dia em que o grupo farmacêutico suíço Roche divulgou os resultados dos ensaios clínicos para o tratamento experimental contra a COVID-19 que está a desenvolver em colaboração com o laboratório norte-americano Regeneron. Segundo o comunicado, os dados de um estudo de fase III, que abrangeu pacientes não hospitalizados, mostraram que este tratamento poderá significar uma redução de 70% nas hospitalizações ou mortes, e ainda uma redução na duração dos sintomas em quatro dias, escreve a "SIC Notícias".
Segundo a Roche, o tratamento experimental é a única combinação de anticorpos que mantém a potência contra as principais novas variantes que têm vindo a surgir. Levi Garraway, diretor médico e diretor global de desenvolvimento de produtos, referiu que "este cocktail experimental de anticorpos pode, portanto, oferecer esperança para uma potencial nova terapia para pacientes de alto risco".
A marcar a atualidade internacional está ainda o alerta dado esta terça-feira, 23, por Angela Merkel, que refere que a Alemanha entrou numa "nova pandemia" devido à propagação das variantes da COVID-19. "Temos um novo vírus (…) muito mais letal, muito mais infecioso e contagioso durante muito mais tempo", declarou a chanceler alemã, numa conferência de imprensa em Berlim, citada pelo "Observador".
Dada a situação "grave", haverá um reforço do confinamento neste país. Durante o fim de semana da Páscoa, a maior parte das lojas estarão encerradas e as cerimónias religiosas serão também anuladas. De 1 a 5 de abril serão ainda proibidas concentrações de pessoas em espaços de restauração ao ar livre. Apenas o comércio alimentar será autorizado a abrir a 3 de abril. "A situação é grave. O número de casos aumenta de maneira exponencial e as camas nos cuidados intensivos estão novamente cheias", afirmou Angela Merkel.