Vários dos concertos de Leandro marcados para o verão de 2024 estão a ser cancelados. Foi o próprio cantor quem divulgou o que está a acontecer, sendo que estes cancelamentos surgem depois do artista admitir, ainda dentro da casa do "Big Brother - Desafio Final", ter espancado a sua cadela.
"Comissões de festas, eu não matei ninguém nem fiz mais do que qualquer pai faria na minha situação", escreveu o cantor nas redes sociais. "Estou farto de ser julgado por algo ridículo e de receber chamadas a tentarem desmarcar os compromissos de verão", continuou.
Na mesma partilha no Instagram, Leandro dirigiu-se diretamente IRA (Intervenção e Resgate Animal), uma das organizações que mais destacou os maus-tratos a animais admitidos pelo cantor dentro do reality show. "Fazer queixa? Claro, mas bastou os advogados entrarem no jogo para perceberemos o erro e a difamação que estavam a fazer ao meu nome! Agora querem reunir para tentarem pedir desculpas? Não, agora vamos a tribunal", escreveu.
Ainda antes de ser expulso do programa da TVI, a 21 de janeiro, Leandro relatou o episódio com a cadela aos colegas. “Ela estava a brincar com o Simão e de repente o Simão [começa a chorar]. Quando tira a mão da cara, era sangue por todo o lado. O que é que eu pensei? 'A cadela mordeu o meu filho'. (...) Eu vou direito à cadela, mandei-lhe um stick [um murro], a cadela... bem, aquilo são 50 e tal quilos. A cadela rosnou, voou mesmo, bateu contra... (...) eu ceguei”, disse.
Não tardaram em chover críticas ao cantor e o IRA (Intervenção e Resgate Animal) expôs o que aconteceu nas suas redes sociais, afirmando que iriam avançar com uma queixa-crime. “Num programa transmitido pela TVI, o concorrente do ‘Big Brother’ (Leandro) admite em tom de engrandecimento ter esmurrado a sua cadela de 50kg com tal violência que ela até 'voou', segundo palavras expressas pelo próprio”, começaram por escrever.
“Segundo a lei n.º 69/2014, de 29 de agosto: ‘quem, sem motivo legítimo, infligir dor, sofrimento ou quaisquer outros maus-tratos físicos a um animal de companhia’ será ‘punido com pena de prisão até um ano’ ou ‘pena de multa até 120 dias’. Perante isto e as declarações proferidas pelo concorrente em televisão pública nacional, iremos consultar o nosso departamento jurídico para avaliar a situação e avançar com queixa-crime caso haja matéria suficiente”, revelaram.
O IRA referiu que “a impunidade perante a criminalidade em Portugal eleva-se ao ponto das confissões em plena televisão, sem quaisquer repercussões imediatas por parte da estação emissora ou autoridades competentes”.
A explicação de Leandro
Na segunda-feira, 22 de janeiro, no “Dois às 10”, na TVI, Leandro falou sobre a polémica com a cadela Daisy. “A minha cadela foi sempre muito, muito acarinhada e foi sempre um cão tranquilo até ao dia em que um dos meus vizinhos passou para o terraço, que era o nosso terraço, e a minha cadela atacou o meu vizinho”, começou por dizer, acrescentando que o homem ficou “com a cabeça do dedo de fora” e que, “desde então, a cadela tornou-se um cão um pouco agressivo”.
“Duas semanas depois, eu estava na cozinha e o meu filho, com 4 anos, andava a brincar com o cão dentro de casa e oiço o meu filho aos gritos a chamar por mim. Quando eu chego à sala vejo o meu filho deitado, a cadela por cima do menino e o menino cheio de sangue. Mas quando digo cheio de sangue é mesmo cheio de sangue. Como pai que eu sou, eu pensei: ‘ela mordeu o meu filho, o cão atacou o meu filho’, porque ela já tinha feito ao meu vizinho”, explicou.
“Como é óbvio, eu utilizo se calhar adjetivos digamos menos indicados. Um stick para mim: ‘dou-te um stick, dou-te uma chapada’. Eu ao ver aquilo fiquei com medo do cão e instinto de proteção como pai como qualquer pessoa o faria. Fui direito à cadela louco, completamente louco, e tentei afastá-la de cima do meu filho, um animal com 55 quilos, um cão enorme, em cima de um bebé. Eu ao dar a palmada no animal e ao afastá-lo da cena em si, o cão realmente afastou-se com medo ou o que quer que seja”, continuou o cantor.
Depois de levar o filho à casa de banho para lhe lavar a cara, Leandro apercebeu-se que não tinha havido “mordidela” e que era uma “hemorragia nasal”. “Eu arrependi-me no preciso momento. Acalmei o meu filho, tratei do meu filho e depois então fui ter com o animal, chamei o animal ao pé de mim, acarinhei o animal”, contou.