A divulgação dos resultados da primeira fase do concurso nacional de acesso ao ensino superior está marcada para 9 de setembro, e há 51.291 estudantes ansiosos por saber se entraram no curso e faculdade que queriam. Alguns já têm um noção mais ou menos clara das cidades onde poderão ficar, outros mantêm-se na incógnita até terem novidades da Direção-Geral do Ensino Superior. Nesta altura de nervos, expectativa e umas quantas noites em branco, os pais também sofrem — sobretudo quando têm de ponderar enviar um filho para Lisboa.
Não está fácil. O preço médio das casas não para de subir em Portugal, e é na capital que se registam os valores mais elevados. Entre 2017 e 2018, as rendas subiram 9,3% — de 4,49€ por metro quadrado passámos para 4,80€, segundo o Instituto Nacional de Estatística (INE).
A relação preço-qualidade já não existe. No que toca a arrendamento de quartos, basta passear pelas principais plataformas de arrendamento para perceber que o cenário é caótico. Às vezes parece que só há duas opções: pagar mil euros por um quarto com boa luz ou 600€ por uma despensa com janelas.
Quartos com decorações que fazem lembrar as casas dos nossos avôs, dormitórios para 14 pessoas, camas coladas ao fogão ou quartos praticamente sem luz natural. Há ofertas verdadeiramente absurdas em Lisboa e arredores, e não é por isso que os preços são mais baixos — em alguns casos, ultrapassam os mil euros.