No caso de se confirmar um caso positivo de infeção por COVID-19 nas escolas, estas não vão fechar. As garantias são dadas pelo governo e pela Direção-Geral da Saúde (DGS). “As escolas não podem encerrar nem podemos ter o nível de ensino a distância que tivemos no ano letivo passado. A escola pública e o ensino presencial são fundamentais. É essencial que organizemos em cada agrupamento de escolas, e em cada estabelecimento, planos de contingência para responder ao que é preciso: vai sempre haver um aluno ou um professor contaminado, temos de evitar que um aluno infectado não seja sinal de que a escola toda vá fechar”, explicou esta segunda-feira, 31 de agosto, António Costa durante a Conferência Nacional do Partido Socialista, segundo o jornal "Público".

Também o secretário de Estado da Saúde, António Lacerda Sales, comentou o regresso às aulas que, diz, deve ser feito "com a maior das ponderações e cautelas", tendo sempre em conta que "nada deverá e poderá ser igual ao que aconteceu durante a primeira fase" do surto do novo coronavírus em Portugal.

Para que isso aconteça, explicou, está a ser elaborado um documento que ditará como se deverá agir perante um caso suspeito, mas também de que forma será facilitada a comunicação entre as escolas, os encarregados de educação e os serviços de saúde.

COVID-19. Comer numa esplanada é das das atividades mais seguras. Adivinha qual é a mais perigosa?
COVID-19. Comer numa esplanada é das das atividades mais seguras. Adivinha qual é a mais perigosa?
Ver artigo

"Estamos a preparar um manual que fará a ligação entre autoridades locais de saúde e directores de agrupamentos, que será útil para se saber o que deve ser feito em cada situação e que coloca todos os intervenientes em conhecimento, nomeadamente pais, professores, todos os agentes educativos", explicou. No entanto, acrescenta que uma maior mobilidade está sempre associada a um aumento de risco de infeção.

No que toca à DGS, a estratégia para o regresso dos alunos ao ensino presencial não difere muito do que já está a ser feito, ou seja, isolar casos suspeitos ou confirmados e agir com a rapidez necessária.

"É importante que fique definido quem telefona a quem, quem fala com quem, qual o tipo de actuação que se vai ter porque, como tem sido dito, pretende-se que a intervenção seja direccionada e focada, e não expandida a toda a escola, para perturbar o mínimo possível o ano lectivo”, defendeu Graça Freitas.

Mas a diretora-geral da Saúde reforça ainda que não será necessário encerrar uma escola se se suspeitar de um caso de infeção por COVID-19.

"Há aqui uma atitude muito pedagógica, sobretudo da parte das escolas juntos dos pais, para que entendam que as situações são diferentes e que há que manter alguma calma quando há um caso suspeito, não ter pânico, [nem] a tendência, a vontade de encerrar uma escola com milhares e centenas de crianças. Pode ter-se uma acção eficaz, isolando-se os que são preciso isolar, tratando-se os que são preciso tratar."