O novo coronavírus mudou as nossas vidas. Atos tão simples como levantar dinheiro, andar de transportes públicos ou ir ao supermercado tornaram-se atividades do alto risco, que só podemos fazer acompanhados de máscara, desinfetante e muita cautela.

Para tentar perceber as práticas do quotidiano com mais e menos risco de contágio da COVID-19, a Texas Medical Association realizou um estudo onde classificou esses mesmos atos entre atividades de baixo, médio, e alto risco. "As atividades de maior risco são aquelas que são feitas dentro de casa, com pouca ventilação, e em espaços fechados, com muitas pessoas, durante longos períodos de tempo", explicou Ryan Malosh, investigador da Universidade de Michigan, tal como escreve o "Diário de Notícias".

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Por outro lado, o especialista refere que as atividades com menor risco são as que decorrem "ao ar livre, com amplo espaço para a distância social, poucas pessoas fora do seu agregado familiar e por períodos de tempo mais curtos".

Mas, afinal, quais são as coisas que nos deixam mais expostos ao contágio? Segundo a tabela elaborada pelos investigadores norte-americanos, ir a um bar, a um concerto ou a um estádio são atividades de alto risco, classificadas como nível nove, numa escala de um a dez (sendo um o menos perigoso, e dez o mais). Ir ao cinema, a um parque de diversões ou fazer exercício num ginásio também são classificadas como atividades de alto risco, embora tenham obtido a avaliação de oito na mesma escala.

A meio da tabela, tidas como atividades de risco moderado, jogar futebol, andar de avião ou ir ao cabeleireiro são classificadas como rotinas de nível sete (risco moderado-alto). Nadar numa piscina pública ou trabalhar num edifício de escritórios conseguem uma classificação de seis, enquanto fazer compras num centro comercial ou deixar os seus filhos na escola têm uma classificação de cinco, bem como jantar em casa de amigos (risco moderado).

Nas classificações mais baixas, ir ao parque, a um museu, comer numa esplanada, estar na sala de espera de um consultório ou ir ao supermercado são vistas como um nível quatro (risco moderado-baixo).

Para os investigadores norte-americanos, acampar, jogar ténis, colocar combustível no carro ou ir buscar comida para levar para casa a um restaurante são enquadradas nas atividades de baixo risco, e classificadas como um dois. A única atividade na lista com a pontuação de um, sendo assim a com menos risco de contágio com o novo coronavírus, é abrir o correio.