Já chegou à Netflix uma série documental que promete ser explosiva, real e sem precedentes - e é sobre um dos casos mais mediáticos deste ano. “Sean Combs: O Ajuste de Contas” foi lançado esta terça-feira, 2 de dezembro, na plataforma de streaming, e com produção executiva de Curtis James Jackson, mais conhecido como 50 Cent, a produção com quatro episódios vem para dar a conhecer “uma análise impressionante”, como diz a Netflix, do rapper condenado P. Diddy, e conta com várias entrevistas exclusivas.
Aqui, numa série documental realizada pela vencedora de um Emmy Alexandria Stapleton, o espectador vai ter acesso a imagens íntimas, filmadas com o conhecimento de P. Diddy, que aconteceram durante os seis dias antes da sua detenção e acusação. “Chegaram até nós [as imagens], obtivemos o material legalmente e temos os direitos necessários. Uma coisa sobre Sean Combs é que ele está sempre a filmar-se, e isso tem sido uma obsessão ao longo das décadas”, disse a realizadora ao “Tudum”.
Entre os materiais exclusivos apresentados estão algumas entradas do diário de Kirk Burrowes, cofundador da Bad Boy Entertainment ao lado de Sean Combs, que escreveu notas enquanto trabalhava e geria, alegadamente, alguns dos aspetos financeiros da vida pessoal do rapper condenado. Além disso, também são apresentadas algumas imagens mais íntimas de P. Diddy, fechado no seu quarto de hotel a delinear estratégias ou rodeado por amigos e associados ao caso.
E o que também não faltam são entrevistas exclusivas em “Sean Combs: O Ajuste de Contas”. Entre os nomes mais conhecidos estão o já falado Kirk Burrowes, Capricorn Clark, ex-assistente e executiva da Bad Boy Entertainment, Aubrey O’Day, Kalenna Harper e Mark Curry, três dos artistas da empresa, alguns jurados que fizeram parte do caso contra o rapper condenado e ainda algumas pessoas que o processaram.
Sean “Diddy” Combs foi acusado de uma panóplia de crimes sexuais em setembro de 2024, inclusive pela sua namorada de mais de uma década, e em maio deste ano começou a ser julgado. O rapper foi acusado de crime organizado, tráfico sexual e tráfico humano, com a acusação a alegar que P. Diddy coagiu e abusou de várias mulheres durante anos com a ajuda de uma rede de funcionários, e que conseguiu manter tudo em segredo através de chantagens.
O julgamento durou dois meses, terminando a 2 de julho, e Sean Combs acabou por ser considerado inocente dos crimes de conspiração para extorsão, de tráfico sexual de Casandra Ventura, a namorada de uma década, e de tráfico sexual da ex-namorada “Jane”, segundo o jornal “Observador”. Desta forma, foi considerado culpado de apenas dois crimes associados ao transporte para prostituição, e em outubro foi revelado que P. Diddy ficará preso até dia 8 de maio de 2028.
“Isto não é apenas a história de Sean Combs ou de Cassie, ou de qualquer das vítimas, nem das alegações contra ele ou do julgamento. Em última análise, esta história é um espelho [que nos reflete] enquanto público, e o que dizemos quando colocamos as nossas celebridades num pedestal tão alto. Espero que seja um alerta sobre a forma como idolatramos pessoas e para entendermos que todos são seres humanos”, rematou Alexandria Stapleton ao site oficial da Netflix.