A continuarem as sucessivas greves dos trabalhadores do Metropolitano de Lisboa, os Santos Populares (de 3 a 13 de junho) e o Rock in Rio Lisboa (de 18 a 26 de junho) poderão ser afetados pelas paralisações no Metro, avança a Renascença.
O objetivo é precisamente criar impacto nos eventos que movem milhares de pessoas pela cidade e, se a greve se confirmar, as carruagens vão funcionar apenas até à 1h, horário normal, em vez de até às 3h ou 4h como costuma acontecer nos dias destes eventos. E se os sindicatos não obtiverem uma resposta satisfatória da administração, as greves vão mesmo continuar até junho.
Até lá, há várias marcadas, como é o caso da greve parcial desta sexta-feira, 29 de abril, dia em que não haverá serviços mínimos. Isto porque, sendo uma greve parcial e não havendo mais nenhuma greve de transportes em Lisboa, o Tribunal Arbitral entende não aplicar serviços mínimos.
Assim, esta sexta-feira, 29, o Metro só vai abrir a partir das 09h30, o que significa que entre as 5h e as 9h as carruagens não vão circular.
O mesmo vai acontecer a 4 de maio, greve que já foi anunciada pelos sindicatos da Metropolitano de Lisboa. Também no próximo mês estão previstas mais duas greves, segundo o dirigente do Sindicato dos Trabalhadores dos Transportes (SITRA), Nuno Fonseca, à Renascença.
As greves devem-se ao descontentamento dos trabalhadores relativamente ao facto de não estar a ser cumprido o Acordo de Empresa por parte da Direção Operacional do Metro.
A última paralisação aconteceu ainda na semana passada, 22 de abril, depois de outras duas em março, greves sucessivas que são uma "continuação da luta anterior", segundo Anabela Carvalheira, da Federação dos Sindicatos dos Transportes e Comunicações (FECTRANS), à agência Lusa, citada pelo "Observador".
"É a continuação da luta anterior. Portanto, tem a ver com as condições de trabalho da área operacional dos maquinistas e das chefias do posto de comando central. Infelizmente, ainda não se conseguiu chegar a acordo, o que motiva a continuação da luta”, justificou a sindicalista", disse.