A Polícia Judiciária desmantelou, esta quarta-feira, 5 de junho, um crime de fraude informática, que controlava o grupo Chimarrão, cadeia de restaurantes de comida brasileira, criada em 2014 por Cassiano Castro, que morreu em 2022.

Em causa estão crimes como "acesso ilegítimo, sabotagem informática, mas também de crime de burla informática, falsificação de documentos e de branqueamento de capitais", diz José Ribeiro, coordenador de investigação criminal da Polícia Judiciária, referido na RTP.

A PJ deteve os principais suspeitos esta quarta-feira, refere o jornal "Correio da Manhã". Num esclarecimento à MAGG, fonte da empresa refere que os mesmos suspeitos são pessoas que se fizeram passar por familiares para cometer a burla.

Dos quatro suspeitos, três exerciam funções há dez anos na empresa — pai, mãe e filha — e o quarto elemento que se juntou é ex-funcionário e trabalhava como segurança.

Alegadamente, os suspeitos aproveitaram-se da idade e vulnerabilidade dos proprietários do grupo de restauração para desviar o património, menciona a TVI. "Aproveitaram-se da situação de vulnerabilidade das vítimas, vítimas essas que eram donas do grupo Chimarrão", menciona José Ribeiro.

Ao que tudo indica, os suspeitos conseguiram obter as assinaturas do casal. "Aproveitaram da fragilidade física e psíquica do anterior proprietário, já falecido, e da sua mulher, doente, incapacitada e diagnosticada com Alzheimer desde 2014", sublinha o restaurante numa nota enviada à Agência Lusa, citada pelo "Expresso". A denúncia partiu por parte da gerência da empresa, através dos filhos e netos de Cassiano, antigo proprietário do grupo.

No decorrer da tarde desta quarta-feira, 5 de junho, as autoridades apreenderam carros, como um Jaguar, McLaren, Mercedes, entre outros, e meio milhão de euros em notas, na casa de um dos suspeitos, em Vila Nova de Gaia, no Porto, como destaca o jornal "Correio da Manhã".

Os suspeitos serão ouvidos esta quinta-feira, 6 de junho, no Tribunal Central de Instrução Criminal, na cidade de Lisboa, de modo a serem ouvidos no primeiro interrogatório e serem aplicadas as respetivas medidas de coação.