Desde 2009 que não se registavam tantas mortes como aconteceu em Janeiro deste ano. Além disso, o último mês foi também o janeiro com mais mortes dos últimos 12 anos. Esta é a conclusão tirada da análise dos dados do Sistema de Informação dos Certificados de Óbito (SICO) feita pelo "Diário de Notícias".

Dia 20 de janeiro foi o dia com mais mortes — 746— mais do dobro do que foi registado no mesmo dia em 2009 (489). De notar que o SICO apenas agrega dados dos últimos 12 anos. Já o dia com menos mortes foi a 2 de janeiro, com 426 óbitos, ainda assim o número mais elevado para esse dia nos últimos três anos.

De acordo com os mesmos dados, desde 2009 que não tinha havido um único dia de janeiro em que tivessem morrido mais de 500 pessoas. Este ano, desde o dia 5, inclusive, que morreram sempre mais do que 520 por dia, refere ainda o mesmo jornal.

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Os dados da SICO revelam ainda que as mortes por COVID-19 representam 28% do total de mortes em janeiro. E também que, só na última semana do mês, foram 2560 as mortes consideradas "em excesso" pelas autoridades de saúde, tendo em conta aos números esperados.

A maioria das mortes, continua o "Diário de Notícias", foram consideradas de causa natural (90,3%, 17.068), 9% (1.709) ficou sujeita a investigação e 0,6% (114) deveu-se a causas externas.