Dois jornalistas foram seguidos e fotografados na via pública pela PSP, além de um deles ter visto a sua conta bancária vigiada. Esta investigação, que também abrangeu um coordenador de investigação criminal da Policia Judiciária, foi ordenada pelo Departamento de Investigação e Ação Penal de Lisboa no âmbito do caso e-toupeira. o objetivo seria descobrir eventuais crimes de violação do segredo de justiça, violação de segredo por funcionário e falsidade de testemunho.

Carlos Rodrigues Lima, jornalista da revista "Sábado" e Henrique Machado, atualmente na TVI (e que estava no "Correio da Manhã" à época desta investigação), bem como o investigador da PJ, são arguidos neste processo que teve início numa investigação a eventuais fugas de informação relacionadas com o processo "e-toupeira" - no qual a SAD do Benfica é acusada de 30 crimes, numa acusação que envolveu, além do clube o antigo assessor jurídico Paulo Gonçalves, o oficial de justiça José Silva e Júlio Loureiro (escrivão e observador de árbitros).

De acordo com o "Correio da Manhã", esta investigação foi decidida pela procuradora Andrea Marques e levada a cabo sem a autorização de um juiz, o que constitui uma violação da lei, que determina que só um tribunal superior pode ordenar a quebra do sigilo dos jornalistas. A operação de vigilância decorreu, segundo a mesma publicação, entre abril e junho de 2018.