O caso do jovem morto à facada esta quarta-feira, 20 de outubro, na estação das Laranjeiras do Metropolitano de Lisboa não está, para já, a ser tratado como assalto, escreve o jornal "Correio da Manhã". Nesta fase, as imagens captadas pelas câmaras de videovigilância têm sido o grande apoio dos investigadores da Polícia Judiciária (PJ) e é com base nelas que as autoridades terão descartado essa hipótese, diz o jornal.
Não se tratará de um crime aleatório. Uma das linhas de investigação ainda em aberto dá conta da possibilidade de o grupo de jovens se ter conhecido nas redes sociais, entre trocas de comentários e desafios de internet.
Não seriam amigos, mas rivais, e o encontro na estação do Metropolitano poderá ter-se tratado de uma situação de ajuste de contas, escreve a mesma publicação. A vítima sofreu uma facada no pescoço ainda na rua e outra nas costas, já no átrio da estação, depois de ter sido perseguido pelos agressores.
As gravações a que a PJ já teve acesso mostram o momento dos dois golpes. Em ambos os momentos, as pessoas que rodeiam o jovem são sempre as mesmas — dois homens e uma rapariga, que foram filmados a fugir da estação.
A faca usada para tirar a vida ao jovem de 19 anos foi levada por um dos intervenientes.
Com base na linha de investigação em cima da mesa até à noite desta quarta-feira, 20, as autoridades responsáveis por investigar o caso suspeitam que a vítima poderá ter sido chamada à estação das Laranjeiras para uma espécie de armadilha, diz o "Correio da Manhã". Os agressores ainda não foram encontrados.
Depois de o alerta ter sido dado poucos minutos depois das 13 horas, a estação esteve fechada até às 17h30 para que as equipas forenses da PJ pudessem recolher todas as provas necessárias à resolução do crime.