Entre as 10h e as 22h deste domingo, 27 de março, os habitantes da ilha de São Jorge, no arquipélago dos Açores, sentiram mais quatro sismos. A atividade "continua acima da média”, segundo o Centro de Informação e Vigilância Sismovulcânica dos Açores (CIVISA).

Até ao momento, o sismo mais energético registado na ilha de São Jorge foi logo no primeiro dia, a 19 de março, com uma magnitude de 3,3 na escala de Richter.

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Dos mais de 14 mil sismos registados, cerca de 220 foram sentidos pelos habitantes que vivem preocupados com a iminência de um sismo de maior magnitude ou de erupção.

Segundo o mapa de sismicidade atualizado pelo Instituto Português do Mar e da Atmosfera (IPMA), o último sismo na ilha de São Jorge aconteceu esta segunda-feira, 28 de março, pelas 7h38, com uma magnitude de 2,4 na escala de Richter (o mais alto desde as 00h23).

IPMA atividade sísmica
IPMA atividade sísmica créditos: IPMA

O presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, visitou a ilha de São Jorge este domingo, 27, e apelou à população para confiar nos especialistas. “Perante o que ouvi até agora, a palavra a dar é de tranquilidade e serenidade. Não há razões para entrar na situação de alarmismo não justificado até ao presente”, disse.

Para Marcelo Rebelo de Sousa, uma das razões para afastar alarmismos é o facto de, apesar de a atividade sísmica continuar, os sismos "sentidos têm sido menos”.

Devido à iminência de uma situação de perigo para os habitantes do epicentro da atividade sísmica, o concelho de Velas, cerca de 2.500 pessoas já saíram da localidade (1.500 por via aérea e marítima e as restantes para o concelho vizinho da Calheta).

“Este êxodo é da responsabilidade única e exclusiva da decisão voluntária, pessoal e familiar”, afirmou José Manuel Bolieiro, presidente do Governo dos Açores, em declarações à imprensa este domingo, 27, cita o "Expresso".