Quando primeiro se noticiou o desaparecimento de Beatriz Lebre, a estudante que veio a descobrir-se ter sido morta, alegadamente, pelo colega de curso, escreveu-se que Rúben Couto seria seu namorado. A mãe e o avô vieram poucos dias depois recusar essa ideia. "Eram só colegas, a minha neta estava a fazer o mestrado para depois voltar ao Conservatório de Música de Évora", explicou o avô da jovem de 23 anos. No entanto, o despacho do Ministério Público dá como provada uma relação secreta entre os dois, avança a “Sábado”.

Estudante suspeito da morte de Beatriz Lebre recusa-se a ter apoio psiquiátrico
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No mesmo documento consta a palavra “namorada” que serve para classificar a estudante do mestrado de Psicologia das Organizações. A relação entre os dois terá começado em novembro de 2019, sem o conhecimento da família ou dos amigos, escreve a publicação que teve acesso ao despacho.

A relação entre os dois terá ficado provada depois de analisados os telemóveis de Beatriz Lebre e Rúben Couto. Com esta análise ficou-se também a saber que o jovem de 24 anos terá ficado a saber do segundo relacionamento de Beatriz – aquele que a família e os amigos também conheciam.

O Ministério Público pediu prisão preventiva para o suspeito, decisão com a qual o seu advogado concordou. “Requeri, corroborando a promoção do Ministério Público mas não a integralidade dos seus fundamentos, a aplicação da medida de coação de prisão preventiva do meu cliente, por considerar que a colocação do mesmo em casa poderia colocar a sua própria vida em perigo”, explicou Miguel Matias à “Sábado”.