Carolina Gil tinha 25 anos e era bailarina e instrutora de Pilates. Nada fazia prever um diagnóstico de um cancro aparentemente fatal. Mas a verdade é que, depois de em março ter começado a sentir-se cansada, em maio do ano passado chegou o veredicto: cancro no pulmão em estágio IV com metástases no cérebro e nos ossos.
Apesar dos tratamentos, a derradeira notícia chegou esta semana. Carolina não resistiu e morreu no hospital onde estava internada desde o Natal.
Desde o diagnóstico que Carolina usava a sua página de Instagram para atualizar os seguidores sobre o seu estado de saúde. A 25 de dezembro publicava uma fotografia, já no hospital, onde tinha sido internada e onde passou o Natal. No entanto, na última foto publicada na rede social, há uma semana, aparece entubada e não são dados pormenores sobre o seu estado.
Entretanto, os amigos começaram a comentar e a publicar fotografias a demonstrar o pesar pela morte de Carolina e, a 3 de janeiro, a Jazzy Dance Studios, escola de dança onde dava aulas, publica uma fotografia da professora com a legenda: "Dançarás para sempre connosco, Carolina".
Mal se soube do diagnóstico, em maio, foi criada uma onda de apoio à bailarina, para que fosse arrecadado dinheiro para os tratamentos a que tinha que ser submetida e que não eram comparticipados pelo Estado.
Foram organizados espetáculos de dança e de música e foram várias as figuras públicas a apelar à causa. Samuel Úria foi um deles, uma vez que a bailarina tinha participado num dos seus videoclipes. Foi também organizada uma campanha de angariação de fundos, com uma meta de 20 mil euros. Foram arrecadados 12 mil euros, mas o que Carolina e a família pediam não era só dinheiro. Na página através da qual as pessoas podiam fazer a doação, foi dado um contacto de email para que amigos e desconhecidos pudessem prestar apoio direto a Carolina e à família.
A história de Carolina ganhou outra dimensão quando a bailarina foi convidada para "O Programa da Cristina". Foi lá que deu a conhecer a sua história ao País, consciente de que não havia cura. "Estou consciente de que a minha vida tem um prazo", dizia, e acrescentava que o objetivo seria "esticar esse prazo ao máximo". Ainda assim, fazia sempre questão de passar uma mensagem positiva: "Acordo todos os dias com aquela sensação de wow, estou viva. E estar viva é uma vitória".