
A cantora, atriz e empresária Preta Gil morreu este domingo, 20 de julho, aos 50 anos. A filha do cantor e ex-ministro Gilberto Gil, que nasceu no Rio de Janeiro, tinha sido diagnosticada com cancro do intestino em janeiro de 2023, e não resistiu.
Preta Maria Gadelha Gil Moreira chegou a entrar em remissão no mesmo ano, mas, em agosto de 2024, soube-se que o cancro se tinha espalhado e teve de voltar à quimioterapia. Atualmente, estava internada em Nova Iorque, EUA, onde fazia um tratamento experimental contra o cancro.
O cancro colorretal é bastante significativo em Portugal. É o segundo mais comum em mulheres (depois do cancro da mama) e também nos homens (depois do da próstata). Além disso, a incidência deste cancro em pessoas com menos de 50 anos aumentou cerca de 80% nas últimas três décadas.
No nosso País, são diagnosticados cerca de 10.500 novos casos por ano, portanto mais de 15% de todos os cancros cá diagnosticados, assim como aponta o "Med Journal", que cita a International Agency for Research on Cancer (IARC) da Organização Mundial de Saúde (OMS). Desses casos, quase metade acabam por morrer.
Assim, é possível afirmar que o cancro do intestino é uma das doenças oncológicas mais frequentes e mortais em Portugal. A deteção precoce é crucial, pois, se for identificado numa fase inicial, até 90% dos casos têm cura após a remoção de pólipos, as lesões benignas que podem evoluir para cancro.
Nesse sentido, o que pode ser feito para o tentar evitar? Em suma, algumas mudanças no estilo de vida, rastreios regulares e prestar atenção a fatores de risco hereditários.
8 medidas a tomar para prevenir o cancro do intestino
- Aumentar o consumo de fibras (frutas, legumes, cereais integrais);
- Reduzir carnes vermelhas e evitar carnes processadas (enchidos, fiambre, salsichas);
- Evitar excesso de álcool e gorduras saturadas;
- Praticar exercício físico regular — pelo menos 30 minutos, 5 vezes por semana;
- Manter um peso saudável — o excesso de gordura abdominal está ligado ao aumento do risco;
- Evitar tabaco, já que aumenta o risco de vários tipos de cancro, incluindo o do intestino;
- Realizar rastreios de sangue oculto nas fezes, entre os 50 e os 74 anos, a cada dois anos;
- Caso sejam detetados vestígios, avançar para a colonoscopia.