Carla Dias morreu em contexto de violência doméstica nesta quarta-feira, 22 de fevereiro, em Gondomar. Por volta das 9h30, a mulher de 43 anos foi esfaqueada pelo ex-marido, José, de 47 anos, dentro de um estabelecimento comercial, onde trabalhava como empregada de limpeza. Carla Dias entrou em paragem cardiorrespiratória, fizeram-se manobras de reanimação, mas a gravidade dos ferimentos fez com que acabasse por morrer.

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Apesar de serem casados, separaram-se em agosto de 2022. O agressor nunca aceitou a separação e tinha sido detido em setembro do ano passado. Estava com pulseira eletrónica devido a uma condenação por violência doméstica que cometeu sobre Carla, não se podendo aproximar dela, avança o "Jornal de Notícias".

"Ouvi gritar por socorro dentro da loja e fui acudir. Bati à porta até que um homem veio abrir, tinha uma faca enorme de cozinha e só dizia: Eu mato! Eu mato!", relatou Rogério Oliveira, testemunha que estava junto ao local citado pelo "Correio da Manhã".

Uma amiga da mulher contou ao mesmo jornal que Carla vivia aterrorizada por causa do ex-marido e que as amigas a aconselharam a "desaparecer por uns tempos". "A Carla vivia apavorada por causa desse homem. Sempre que estávamos juntas nos convívio de motards, ela estava sempre com medo que ele aparecesse", explicou.

O homem fugiu do local, mas ao fim da manhã entregou-se na esquadra da Polícia de Segurança Pública (PSP) de Gaia. Foi detido e entregue à Polícia Judiciária do Porto. Esta quinta-feira, 23, deverá ser presente a um juiz de instrução criminal e as medidas de coação serão conhecidas no fim do primeiro interrogatório. O corpo de Carla Dias encontra-se no Instituto de Medicina Legal do Porto para ser realizada a autópsia.