Dália Baptista vivia com o filho menor em Inglaterra há cerca de três anos. A emigrante era conhecida por ser uma pessoa discreta, mas, quando os vizinhos deixaram de a ver ou ouvir, acharam que algo de errado se passava e alertaram a polícia. Ambos estavam mortos.
A mulher de 30 anos sofria de depressão e, de acordo com um familiar, de autismo. O filho de 10 anos, Frederico, também havia sido diagnosticado com autismo. Quando a polícia se dirigiu ao apartamento onde viviam, em Holbeck, na zona de Leeds, encontrou dois cadáveres.
As autoridades acabaram por abrir uma "investigação por homicídio" da criança e "tudo aponta", segundo o "Correio da Manhã", para que Dália se tenha suicidado após matar o filho. Os corpos foram encontrados a 15 de setembro, mas Dália e Frederico podem ter morrido "há várias semanas".
Até ao momento, as autoridades não detetaram indícios de envolvimento de terceiros. Os vizinhos, que viam Dália como "uma mulher calada que passava a maior parte do seu tempo em casa", achavam que a ausência se devia ao facto de, possivelmente, ter ido com o filho de férias para Portugal.
Há pouco tempo, Cíntia Costa, prima de Dália, iniciou uma campanha de angariação de fundos para os funerais dos dois e comentou a situação, tal como avançou o mesmo jornal. "A minha prima sofria de depressão e autismo, o que infelizmente se tornou demasiado para ela", afirmou, considerado Frederico "uma vítima de tudo o que se passou".